No período de 21 de dezembro de 2024 a 28 de fevereiro de 2025, o Semae Mogi das Cruzes realizou 624 operações de limpeza com hidrojateamento  (jateamento com água sob pressão), de forma preventiva ou para manutenção, totalizando 62 quilômetros de tubulações. Além do trabalho de rotina da autarquia, o serviço também integra mutirões de zeladoria, limpeza, manutenção e ações de saúde realizados pela Prefeitura, principalmente nesses primeiros meses do ano, que concentram as chuvas mais intensas.

Os caminhões com hidrojato do Semae são o equipamento mais eficiente para a limpeza dos sistemas de esgotamento sanitário. Os trabalhos preventivo e de manutenção são mais necessários nesta época do ano, principalmente pelas ligações irregulares de água de chuva na rede de esgoto.

A autarquia reforça as orientações para a correta e necessária separação dos sistemas de drenagem de águas pluviais e de esgotamento nas residências. Nesta época, os casos de vazamento de esgoto aumentam em aproximadamente 20%, em média.

As tubulações não podem “se misturar”. O grande volume de chuva nos meses de janeiro a março provoca sobrecarga na rede de esgoto (que não é projetada para receber água pluvial) e, consequentemente, extravasamentos nas ruas.

Essas tubulações que partem das calhas e dos ralos do quintal, nos imóveis, não podem ser ligadas no esgoto. O correto é que conduzam a água da chuva para as guias nas ruas, de onde segue para as bocas de lobo e galerias e, na sequência, até os córregos e rios da cidade.

O aumento das chuvas no início do ano também eleva a necessidade de manutenção no sistema de esgoto devido ao acúmulo de terra que é levada pelas águas pluviais para dentro das tubulações.

Outro tipo de ocorrência comum é o retorno de esgoto para dentro das casas: isso acontece porque o volume de chuva que chega às tubulações de esgotamento é muito grande, superando a capacidade de vazão do sistema de esgoto e voltando para dentro das residências, causando transtornos aos moradores.


Uso da rede
Um problema também muito recorrente é o lançamento de materiais sólidos no sistema de esgoto. É comum as equipes responsáveis pela manutenção retirarem das tubulações vários detritos como gordura solidificada, preservativos, fraldas, lenços umedecidos, pedaços de pano e excesso de papel higiênico, por exemplo. São materiais que jamais poderiam estar na tubulação de esgoto.

O resultado também são entupimentos, vazamentos, retorno de esgoto para dentro dos imóveis, erosões e mau cheiro nas ruas e bloqueios no trânsito para os serviços de reparo, além de despesas para a autarquia devido ao deslocamento de funcionários e equipamentos.

O mau uso da rede também afeta e demanda reparos nas estações elevatórias e cestos de gradeamento (estruturas que bloqueiam a passagem do material sólido nas unidades de bombeamento e de tratamento).