Única cidade até o momento a realizar uma audiência independente para discutir a concessão das linhas 11-Coral, 12- Safira e 13-Jade, Poá viveu um momento histórico na última quarta-feira (10/07) com a participação da população sugerindo melhorias e investimentos para o transporte ferroviário de Poá. Promovido pelo movimento Muda Poá e liderado pelo pré-candidato a prefeito Saulo Souza (PP), o encontro, que reuniu centenas de pessoas, entre moradores e lideranças políticas, garantiu que inúmeras contribuições cheguem até o governo do Estado e reforçou a importância das propostas já apresentadas, como a instalação de um terminal rodoviário urbano ao lado da estação central, obras de combate às enchentes que paralisam a circulação dos trens na cidade e a reforma total de todas as passarelas.

“Poá vive um momento inédito e histórico, assumindo o protagonismo nos debates em relação aos investimentos que podem ser conquistados com a concessão e sendo destaque na região ao ser a primeira cidade a apresentar suas propostas. A população poaense teve a oportunidade de participar ativamente desse processo e sugerir as melhorias que acredita ser importante para o transporte sob trilhos no município, inclusive com um olhar especial para a valorização e garantia dos direitos dos atuais funcionários da CPTM. Todas as sugestões serão levadas até o governo do Estado, que verá a força do nosso povo”, detalhou Souza, que comandou a audiência. O evento contou ainda com a participação dos vereadores da bancada do Partido Progressistas na Câmara, Saul Souza, Beto Melo e Rogério Mathias.

Até o momento, o movimento Muda Poá, que participou das três audiências públicas realizadas na capital, em Guarulhos e em Mogi das Cruzes no final de junho, já sugeriu a construção de um terminal urbano rodoviário integrado com a estação central de Poá por meio de um novo mezanino e passarelas cobertas.
Também foi apresentada a necessidade de reforma, modernização e acessibilidade de todas as passarelas da cidade, bem como a reforma e a ampliação das estações do centro e de Calmon Viana, especialmente em relação à construção de novas passarelas cobertas e mezanino.

Outro pedido feito ao governo estadual, levando em conta as mudanças climáticas e a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), refere-se às obras de drenagem urbana para mitigação dos riscos de enchentes, já que a linha 11-Coral e 12-Safira são bastante afetadas pelas inundações que invadem os trilhos e paralisam a circulação de trens em dias de chuva forte.

Por fim, a cidade também foi colocada como opção para receber, em uma área que será disponibilizada futuramente, a sede da concessionária que fará a gestão das linhas. “Essa conquista, assim como o terminal, movimentaria a nossa economia, gerando emprego e renda para a população, permitindo que a cidade cresça e desenvolva, além de incentivar o turismo e trazer de volta nosso título de Estância Hidromineral, que foi perdido”, pontuou Saulo Souza.

Participação popular

Na audiência da última quarta-feira promovida pelo movimento Muda Poá, entre as sugestões apresentadas pela população estão a criação de uma nova estação de trem na linha 12, entre Itaquaquecetuba e Poá, para atender os usuários da região da Vila Varela; o reforço na segurança nas plataformas e passarelas, com instalação de câmeras de monitoramento integradas ao Centro de Segurança Integrada (CSI) da cidade; instalação de salas sensoriais para receber crianças e adultos neurodivergentes nas estações de trem de Poá; capacitação e  valorização dos atuais funcionários da CPTM; e a garantia, em contrato com a concessionária vencedora, das melhorias previstas para Poá e para a região no projeto de concessão proposto pelo governo do Estado. 

Também foi apontada pela população presente no encontro a necessidade de redução do tempo de intervalo entre os trens para 3 minutos, conforme prevê o projeto de concessão estadual. 

Todas as contribuições apresentadas na audiência estão sendo registradas e serão encaminhadas ao governo do Estado dentro do prazo definido para conclusão da consulta pública, que se encerra no dia 18 de julho.