A Festa do Divino Espírito Santo de Mogi das Cruzes terá a oportunidade de ser reconhecida como bem cultural de patrimônio imaterial do Brasil. Um dossiê está sendo preparado por uma comissão liderada pela advogada e consultora em ESG (que significa Environmental, Social and Governance, ou seja, Ambiental, Social e Governança) Patrícia Cesare, padre Vinícius Vilela e pelo advogado e professor universitário Luiz Fernando Prado de Miranda, todos devotos, num trabalho voluntário em parceria com a Diocese de Mogi das Cruzes e a Associação Pró-Festa do Divino. 

 📲Siga nosso canal de notícias no Whatsapp e fique por dentro de tudo em tempo real!!

Neste ano, a Festa do Divino Espírito Santo de Mogi das Cruzes completa 411 anos de fé e devoção. O processo de mobilização da comunidade mogiana foi dividido em três grandes segmentos: religioso, civil e popular. Desde agosto de 2023, os representantes da comissão começaram a mobilização “A Festa do Divino é o nosso Patrimônio” (nome do projeto), realizando uma série de reuniões com diversos grupos ligados à festividade religiosa e folclórica, uma das principais manifestações históricas e culturais do Estado de São Paulo e até do Brasil.

 

A última reunião, que marcou o fim desta primeira fase de estudo, foi realizada no dia 26 de fevereiro, na Faculdade Paulo VI, em Mogi. A comissão recebeu integrantes de grupos folclóricos, representantes da Entrada dos Palmitos, do Afogado do Povo, das Bandeiras, da Coroa do Divino e dos Tapetes Ornamentais confeccionados para a procissão de Pentecostes. Na oportunidade,foi apresentado o projeto e o andamento do trabalho até a chegada ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

 

“Temos de preparar toda a documentação, com depoimentos, registros e anuências de representantes dos mais diversos segmentos que integram a festa e um inventário com publicações e outras informações sobre a Festa do Divino, cumprindo uma série de exigências feitos pela legislação que trata do patrimônio imaterial. Nós montamos um cronograma que envolve mobilizações e articulação coletiva. O povo mogiano deve demonstrar o interesse em tornar a festa em um bem cultural do patrimônio imaterial do Brasil”, diz Patrícia. Segundo ela, caberá à sociedade civil, por meio de uma pessoa jurídica, no caso a Associação Pró-Festa do Divino de Mogi, assinar o requerimento de propositura do pedido de registro de bem cultural e posteriormente o encaminhamento ao Iphan.


A proposta em defesa da Festa do Divino para mostrar a relevância histórica da festividade para a memória nacional, bem como sua colaboração direta para a formação da identidade brasileira, iniciou-se em abril de 2023, poucos dias antes do início da 410ª edição da Festa do Divino e foi sugerida pelo então deputado federal Marco Aurélio Bertaiolli, hoje conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.

 

Iphan

Dentre as festividades já reconhecidas pelo Iphan como patrimônio cultural imaterial brasileiro estão a Festa do Senhor do Bonfim, na Bahia (Salvador); a Festa do Divino Espírito Santo de Paraty (Rio de Janeiro); a Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis, em Goiás (GO); e o Círio de Nazaré, em Belém (PA). Acompanhe toda a movimentação do projeto que colocará a Festa do Divino Espírito Santo de Mogi das Cruzes no cenário nacional por meio do Instagram do projeto (@divinomogipatrimoniobrasil)