A Comissão de Saúde da Câmara de Mogi, presidida pela vereadora Malu Fernandes (Solidariedade), deverá se reunir na próxima semana com a direção da Santa Casa de Misericórdia para pedir esclarecimentos sobre os últimos episódios envolvendo denúncias de falhas no atendimento de gestantes na unidade, a morte de um bebê e a prisão do diretor técnico, Massimo Colombini Netto, no dia 19 de fevereiro. A Prefeitura também apura o caso e solicitou para a Irmandade um relatório detalhado sobre o assunto, bem como o nome do profissional que assumiu a direção técnica do hospital.

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Conforme o Mogi News/Dat apurou com a assessoria da vereadora, o encontro com os diretores da Santa Casa pode acontecer no próximo dia 5.  Malu já havia anunciado em suas redes sociais que convocaria a Mesa Diretiva para que prestasse esclarecimento sobre o atendimento de gestantes, em especial no caso que resultou na morte de um bebê.

O diretor técnico do hospital foi preso no dia 19 de fevereiro por suspeita de aborto sem consentimento causado por demora em atendimento.  Após passar por audiência de custódia, o médico foi solto, mas segue impedido de exercer suas atividades profissionais no local e de acessar as dependências do hospital, conforme decisão judicial.

Colombini Netto é alvo de investigação do Ministério Público do Estado (MP-SP). De acordo com o órgão, ele não pode manter contato com pessoas ouvidas nos autos do processo nem se ausentar por mais de 15 dias sem autorização do Juízo. 

Ainda segundo o MP, sua prisão em flagrante se deu na noite da última segunda-feira por supostamente ter provocado aborto sem o consentimento da gestante, prática definida como crime segundo o artigo 125 do Código Penal. “De acordo com o Boletim de Ocorrência, o profissional estaria dificultando internações de mulheres grávidas, gerando o óbito de fetos por demora ou recusa no atendimento”, acrescentou. 

Prefeitura

Questionada sobre as ações envolvendo o caso, a Prefeitura de Mogi afirmou que uma equipe técnica da Secretaria de Saúde esteve na Santa Casa, auditou o prontuário da paciente em questão e oficiou o hospital solicitando relatório detalhado do atendimento e informações sobre quem estaria substituindo o diretor técnico da unidade. “A equipe trabalha atualmente na análise do caso. O município também oficiou o Estado sobre a ocorrência”, acrescentou, em nota. 


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