O Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) do Alto Tietê completou 62 anos de história e apoio à indústria regional na última terça-feira (5). Uma das primeiras diretorias criadas no Estado, a entidade tem como foco o desenvolvimento industrial, a atração de novos investimentos e a defesa dos interesses das indústrias da região.
Referência pela sua diversidade produtiva, a área conta com mais de duas mil indústrias, desde unidades de pequeno e médio porte até grandes multinacionais. Com atuação em oito municípios (Biritiba Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Poá, Salesópolis e Suzano) o Ciesp Alto Tietê responde por um dos principais polos fabris do Estado.
A localização estratégica da região é um dos destaques da área que é cortada por rodovias como a Presidente Dutra, Ayrton Senna e rodoanel Mario Covas, além de ser vizinha do Aeroporto Internacional de Guarulhos, e contar com a linha férrea da MRS que atende diversas empresas e possui ligação com a Companhia Regional de Armazéns Gerais e Entrepostos Aduaneiros (Cragea), localizada em Suzano.
O diretor regional do Ciesp Alto Tietê, José Francisco da Silva Caseiro ressalta que essas características fazem da região um espaço único no Estado. "Nossa variedade produtiva faz com que as empresas consigam negociar, muitas vezes, entre elas, o que promove o fortalecimento da região. Além disso, nos destacamos em diversos setores como papel e celulose, automobilístico, metalúrgico, químico e muitos outros", acrescenta. O setor colabora, ainda, para geração de empregos, são mais de 70 mil postos de trabalho que respondem por cerca 25% das carteiras assinadas da região.
Para Caseiro, o Alto Tietê tem capacidade para crescer e atrair novos investimentos. "Mogi das Cruzes abriga a maior Zona de Uso Predominante Industrial da Região Metropolitana do Estado, no distrito do Taboão. Agora, temos a previsão da construção de um acesso entre o local e a rodovia Ayrton Senna, uma reivindicação do Ciesp Alto Tietê e das empresas instaladas no endereço. Esse projeto atrairá mais indústrias, e consequentemente, injetará mais recursos em nossa região", destaca.
Em seis décadas de trajetória o Ciesp Alto Tietê participou de diversas lutas em defesa da área. "Enfrentamos diversas batalhas como contra a instalação de um aterro sanitário em Mogi das Cruzes e, agora, estamos empenhados para evitar a implantação de um pedágio na região, inclusive, ao lado do Taboão. Essa área para o desenvolvimento industrial foi criada após a Lei dos Mananciais, que impactou nossa região, que é responsável por abastecer com água boa parte do Estado e não recebe nenhuma contrapartida. A cobrança da tarifa nos penalizaria trazendo grandes prejuízos econômicos. Vamos trabalhar para impedir essa medida e continuaremos ao lado dos interesses das indústrias e municípios do Alto Tietê", argumenta.
