O número de casos de dengue na região apresentou alta de 109,7% em um ano. Em 2021 foram confirmados 358 casos da doença contra 751 no ano passado. Apenas Suzano conseguiu reduzir os registros e controlar o avanço da patologia transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti. 

De acordo com o levantamento feita pela Reportagem do Mogi News / Dat com base nos dados informados pela prefeituras, Ferraz concentra o maior crescimento de casos de dengue em 2022, sendo 230 no total, o que representa um crescimento de 1050% em relação a 2021, quando apenas 20 casos foram registrados.

A Secretaria de Saúde informou que o bairro Santo Antônio reuniu grande parte dos casos e que tem "trabalhado intensamente com a orientação à população para conscientização sobre os cuidados para impedir o acúmulo de água e a consequente viabilidade de criadouros do mosquito". Os agentes comunitários de saúde e fiscais da Vigilância Sanitária fazem trabalho porta a porta levando orientação e inspecionando moradias.

Já Itaquá reuniu o maior número de pessoas com a doença na região, sendo um total de 357 em 2022, contra 147 no ano passado. Segundo a administração municipal, as ações de prevenção e contenção da dengue e demais arboviroses são permanentes no município. "Os trabalhos consistem no acompanhamento dos agentes comunitários e do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). Eles realizam bloqueio em regiões endêmicas e o acompanhamento do índice larvário do vetor Aedes aegypti, além de ações educativas, controle de pontos estratégicos e fiscalização de possíveis focos".

Em Mogi, foram registrados 99 infeções contra 85 em 2021 (16,4%). De acordo com a prefeitura, há circulação do mosquito em todo território municipal, mas, no ano passado, o Distrito de Jundiapeba registrou maior número de casos.

"Mogi mantém trabalhos permanentes de combate ao Aedes Aegypti por meio do Núcleo de Prevenção e Controle de Arboviroses o ano todo, com intensificação das ações nos períodos que antecedem chuvas intensas e altas temperaturas, o que favorece a proliferação do mosquito", acrescentou a administração municipal, em nota.

Poá

Com alta de 55,1% nos casos, resultado do aumento de pessoas com a doença entre 2021 (29) e 2022 (45), Poá tem maior incidência de casos nos bairros com maior densidade populacional.

As principais medidas para o combate à dengue na cidade são preventivas, como a eliminação dos possíveis criadouros do mosquito transmissor. "Vale ressaltar que com a chegada do calor e das chuvas, a equipe de combate às endemias tem realizado palestras educativas para prevenção nos períodos de chuva, assim como a manutenção das vistorias de rotina em pontos estratégicos e imóveis especiais.

Queda

Suzano vai na contramão das demais cidades e conseguiu reduzir os casos de dengue em 76,4%. Há dois anos eram 77 pessoas infectadas e ao longo de 22 foram apenas 20 . De acordo com a Vigilância em Saúde, a região Jardim Colorado representa o maior ponto de atenção dos casos no município. Inclusive, a localidade já vem sendo contemplada com ações específicas por parte da Coordenação de Controle de Zoonoses.

O órgão explica que neste mês de janeiro, a Coordenação de Controle de Zoonoses está realizando a Avaliação de Densidade Larvária (ADL). "A atividade, que se iniciou no dia 3 de janeiro, consiste na análise dos níveis de infestação do Aedes aegypti por meio da identificação de recipientes onde há a preferência de procriação do mosquito transmissor".

A ação ocorre em toda a cidade por amostragem, ou seja, em trechos dos bairros, com visitas aos domicílios. A Coordenação também reforça a importância de a população estar sempre consciente e fazer a sua parte a fim de impedir a proliferação do mosquito e prevenir a transmissão de dengue, chikungunya, zika e febre amarela.