O judeu Levi, cujo nome quer dizer "junto", "adesão", estava a serviço de si mesmo e de Roma. Acostumado ao ódio e ao desprezo de seus compatriotas, recebeu o mais honroso chamado já feito a um pecador. Constrangido com o inesperado interesse do maior de todos os judeus, deixou uma rendosa concessão pública, para seguir Aquele que o amou, sem nenhuma explicação, e o presenteou com tão doce Salvação.
Este nome vem do hebreu Mattithyah e quer dizer "dom de Deus". É bem provável que este nome lhe tenha sido dado depois da sua conversão, para mostrar que a Salvação é um presente que o ser humano recebe de Deus, sem merecer. Afinal, quem poderia imaginar um publicano entrando no Céu e, ainda por cima, tornando-se um dos mais importantes apóstolos de Jesus? Mateus foi o autor da parte do Evangelho que leva o seu nome. Foi também o apóstolo que mais citou as profecias da Torá para provar aos judeus de que Jesus é o Messias, o Ungido de Deus.
Rico, por causa da corrupção, fez uma despedida digna de constar nas colunas sociais de Cafarnaum. Deixou para trás uma bela mansão e uma vida confortável para andar "Levi/Junto" com o Senhor, em total adesão ao Reino de Deus.
Ao registrar esta frase de Jesus, dita dentro da sua casa, Mateus reconheceu que era um doente e que Jesus foi a cura completa dos seus pecados e de toda a sua infelicidade.
Jesus citou um trecho do pequeno livro de Oseias (6.6). Isto nos mostra que nenhum livro da Escritura, por menor que seja, pode ser desprezado, porque contém importante ensinamento para conhecermos a vontade de Deus: "Pois misericórdia quero e não sacrifícios; e o conhecimento de Deus, mais do que os holocaustos".