O primeiro dia de interdição da avenida Guilherme George, que teve início ontem, foi marcado por reclamações de motoristas e muita apreensão por parte dos comerciantes locais. A suspensão do tráfego de veículos no trecho entre a estrada da Volta Fria e a ponte sobre o rio Taiaçupeba, na divisa com a cidade de Suzano, segue até o próximo dia 30 de novembro, em função das obras de construção do Corredor Leste-Oeste.
Parte da barreira de concreto colocada para fazer a interdição da via chegou a ser destruída. Segundo apurou a reportagem, um indivíduo que conduzia uma retroescavadeira aproveitou a ausência dos trabalhadores da obra, que estavam em horário de almoço, para furar o bloqueio, o que gerou indignação por parte dos funcionários do consócio GG Mogi, responsável pela obra.
Durante o período em que a reportagem do Mogi News esteve no local, pelo menos 20 veículos chegaram a ir até o trecho interditado na tentativa de seguir o trajeto, alegando não terem sido informados sobre o bloqueio, em função da falta de sinalização no sentido Suzano - Mogi das Cruzes.
Em reposta, funcionários do consócio informaram terem instalado placas avisando sobre a interdição ao longo de toda a via, o que pode ser confirmado pela reportagem.
Entre os reclamantes está o motorista Firmino Alvares Maia, de 63 anos, que utiliza a via com frequência. "Não tem aviso nenhum. Isso é uma sacanagem, pois agora terei que voltar tudo de novo para poder acessar a SP-66. Eles deveriam ter feito direito essa sinalização", reclamou.
Por outro lado, houve também quem preferisse encarar a situação com mais otimismo. É o caso do mecânico Júlio César de Assis, que apesar de destacar uma piora no trânsito da avenida Francisco Ferreira Lopes, aguarda os resultados da obra concluída. "Realmente essa interdição deixou tudo bem complicado. Muita gente que usava a Guilherme George para chegar ou vir de Suzano, agora vai ter que ir pela SP-66. Mas, temos que ter paciência, já que é algo que está sendo feito pra trazer melhorias, o jeito é aguardar. Espero que realmente seja uma grande obra, como estão dizendo", comentou.
Os comerciantes, no entanto, devem ser os mais prejudicados com a suspensão do tráfego no local. É o que destaca Silene Veloso, proprietária de um restaurante. "Nesse primeiro dia já deu pra sentir uma queda no movimento. A rua ficou praticamente "morta". O que vai nos livrar um pouco são as entregas, mas ainda assim, é um problema. Nossa expectativa é que depois que terminarem tudo tenhamos algum benefício", ressaltou.