Um jardim bem cuidado, grades imponentes, noites de serestas e sarau povoam a memória do empresário aposentado Paulo Costa, de 75 anos. Ele viveu no Casarão da rua Coronel de Souza Franco em seu auge e lembrou com carinho do período. Apontando para os cômodos do prédio histórico, ele reconstruiu mentalmente cada detalhe do imóvel que funcionou como pensão de professoras do antigo Instituto de Educação, que ficava no prédio que atualmente abriga a Secretaria Municipal de Cultura.
A mãe de Costa, dona Lucinda, cuidava de uma pensão que funcionava no local. Ele viveu na casa até 1965, ano em que se casou, mas o local funcionou até 1977. "Foi um período bem interessante de Mogi. O prédio chamava muito atenção, pois todos passavam pela rua Coronel Souza Franco para ir para a cidade ou ao Instituto de Educação, que funcionava próximo ao casarão. É muito emocionante saber que ele será restaurado", contou.
O objetivo do projeto de restauração é deixar o Casarão como ele era, mas respeitando as novas legislações de segurança e acessibilidade. O Casarão é o único exemplar remanescente de casa neoclássica no centro de Mogi.
O imóvel tem portas e janelas de madeira em pinho de Riga, madeira nobre e importada, originária do Leste Europeu. Todo o assoalho será recuperado. Uma construção ao fundo do imóvel será retirada por não fazer parte originalmente do Casarão. (L.N.)