As pessoas que visitam o Cemitério São Salvador, no Parque Monte Líbano, em Mogi das Cruzes, reclamam da falta de manutenção do espaço. De acordo com elas, o principal incômodo é o mato alto que toma conta dos corredores e sepulturas. A falta de espaço do cemitério também é criticada. Os mogianos pedem a manutenção do espaço e cobram a ampliação do local, ou até mesmo a criação de um novo cemitério no município.
A aposentada Maria de Lourdes Gama, de 86 anos, visita o cemitério pelo menos uma vez por mês, ou quando a "saúde permite". Ela afirma que o principal problema enfrentado pelas pessoas é o mato alto. "Os corredores estão cheios de mato. As pessoas podem acabar se machucando, sem contar os bichos que devem ficar abrigados nesta sujeira. Acredito que a limpeza dos trechos é de responsabilidade do próprio cemitério. Da última vez, paguei para um rapaz fazer a limpeza do corredor que fica o túmulo da minha família", afirmou.
A balconista Joelma Moreira, 37, criticou a falta de manutenção. "Tem muito mato crescendo no cemitério. Não é apenas nas sepulturas, mas nos corredores também. Não dá para passar pelos túmulos. Muitas vezes é preciso dar uma grande volta para chegar à sepultura. Acho que tanto o cemitério quanto as pessoas deveriam conservar", acrescentou.
A lactarista Nelma Oliveira, 40, reclamou da falta de espaço. "A capacidade deste cemitério já está esgotada. Não tem mais vaga, só as famílias que tem o jazigo conseguem utilizá-lo. No cemitério da Saudade também só tem a opção das gavetas. Acredito que este cemitério precisa ser ampliado", avaliou.
Por meio de nota, a Secretaria de Serviços Urbanos informou que "a manutenção e a limpeza do cemitério São Salvador começarão nesta semana".
A Câmara criou uma Comissão Especial de Vereadores (CEV) para discutir os problemas dos cemitérios municipais. De acordo com o presidente do grupo, o vereador Benedito Faustino Taubaté Guimarães (PMDB), a comissão deve visitar os cemitérios para fazer uma avaliação dos espaços. "É tudo questão de saúde pública. Os cemitérios tem que estar em perfeitas condições de uso e visita. Já recebemos reclamações e é inaceitável que estejam ocorrendo problemas de conservação", ressaltou.