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Passados cinco meses desde que o Grupo Mogi News questionou a Prefeitura de Poá sobre a construção da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Calmon Viana, a obra do novo espaço pouco evoluiu e no momento parece estar praticamente paralisada. Na manhã de ontem, apenas um funcionário trabalhava no local. De acordo com a placa instalada no local, a unidade deveria ter sido entregue em julho de 2015.
Em novembro do ano passado a Prefeitura de Poá informou ao Grupo Mogi News que o atraso da obra se devia em função de problemas no pagamento de repasses, que deveriam ser feitos pelo governo federal. Na ocasião, a União ainda não havia encaminhado a segunda parcela dos recursos, que estaria atrasada há 8 meses. Com isso, as obras ficaram temporariamente paralisadas.
O Ministério da Saúde, por sua vez, explicou também em 2015 que o repasse é feito à medida que os municípios ou estados comprovam o andamento da obra. A primeira parcela é enviada após a apresentação do projeto, a segunda diante da apresentação da ordem de início de serviço e a terceira é liberada depois da conclusão.
No momento, a UPA está com as paredes concluídas, assim como a laje. A expectativa é que sejam iniciadas as instalações elétricas e os acabamentos internos.
A reportagem questionou a prefeitura sobre os motivos do novo atraso e a previsão de término da obra, mas o Executivo deve se manifestar somente hoje.
Estrutura
O custo da UPA que está sendo erguida na rua Padre Eustáquio é de R$ 4 milhões, sendo pouco mais de R$ 2 milhões do governo federal. A construção da unidade do tipo II, direcionada às cidades que têm entre 100 e 200 mil habitantes, foi anunciada ainda em 2012. Em março do ano seguinte, a prefeitura informou que detalhes do projeto executivo ainda estavam sendo finalizados conforme as exigências do Ministério da Saúde. A UPA atenderá 24 horas com serviços de urgência da Rede de Atenção Básica.
Conforme informações divulgadas pela administração municipal quando o projeto foi anunciado, a UPA deve ter, no mínimo, mil metros quadrados de área física, quatro médicos por plantão, entre pediatra e clínico geral, e 11 leitos para observação. A previsão é de que 300 atendimentos sejam feitos por dia no local, o que deverá desafogar o Hospital Municipal Doutor Guido Guida.
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