Às vezes, quando a sorte não nos sorri, somente a presença dos amigos diminui o impacto do golpe que nos atinge.
Em revés há pouco experimentado, já calejado pelos anos, mais me conscientizei dessa verdade. Companheiros, os mais distantes com uma mensagem de amparo, os mais próximos com um abraço de consolo, se irmanaram na dor que sentia, me deram ânimo e lenitivo para, compreendendo que o destino se mostra insondável, aceitar a Vontade Superior e seguir em frente. Assim, com a permissão do leitor, julgo-me na obrigação de saudar a todos de maneira obsequiosa.
Estendo, ademais, o agradecimento, para a companheira que, sensível, repercutiu o artigo em que fazia a minha "mea culpa" e clamava por tardio perdão, nas redes sociais.
Preciso, no entanto, por dever d'alma, fazer uma menção especial à querida Sônia! Irmã de primeira hora, em tempo que já se vai, compartilhou com seu apoio o desalento pelo qual passava com a morte de meu genitor. Novamente me estende as mãos e me oferece o ombro amigo quando a tragédia se renova.
Calei-me no primeiro instante, quiça porque o imprevisto me toldava os movimentos e inibia gestos comuns, como o de me sentir obrigado.
De público, porém, lastimando a falha absurda daquele instante, reservo as minhas mais profundas considerações a essa senhora-moça, que, por toda a sua vida, apeando do meritório cargo que exerce em órgão de informação, debruça-se sobre a vida da família que compõe o "Mogi News", e perde-se em cuidados, e empenha-se com desvelo, quando um de seus membros é alcançado por qualquer infortúnio.
Sônia, querida amiga, embora o tempo corra, e a idade aproxime a passos rápidos, a criança escondida em nosso interior dá a cara. Nesses instantes, debilitados e carentes, por mais que se diga que não, precisa-se de natural afeto.
Por tê-lo externado; por continuar bem próxima na tristeza; por ser muito mais, "gente" do que "chefe", sou-lhe eternamente grato e lhe abraço emocionado.
É muito bom ter ao nosso lado pessoas como você e o Sidney!