O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) de Mogi das Cruzes acionará o Ministério Público contra a reorganização escolar proposta pelo governo paulista. A principal reivindicação é o não fechamento de quatro escolas situadas no município, em especial a Professor Firmino Ladeira, que fica no Mogi Moderno.
O novo modelo de ensino prevê uma reorganização na distribuição dos alunos. A promessa é aumentar o número de escolas que atendam exclusivamente um dos ciclos: "Anos iniciais" do ensino fundamental (1º ao 5º ano), "Anos Finais" do ensino fundamental (6º ao 9º ano) e "Ensino médio". Desta forma, os estudantes do primeiro ciclo, por exemplo, passariam a estudar apenas com alunos que estejam no mesmo grau de ensino.
Para a coordenadora da Apeoesp de Mogi, Vânia Pereira da Silva, a justificativa apresentada pelo Estado para realizar o procedimento não condiz com a realidade. "Eles falaram sobre a questão dos ciclos, mas estão encaminhando os alunos para outra escola em que há mais de um. O argumento também não é pedagógico, pois a escola Firmino Ladeira, que o governo quer fechar, funciona com mais de um ciclo e ainda assim possui um índice alto no Saresp", disse.
Vânia destaca ainda que ao procurar a Justiça a intenção também é obter esclarecimentos. "O que a gente quer entender é por que estas escolas foram escolhidas. Ninguém foi avisado de nada e simplesmente agora estão comunicando que elas serão fechadas. E a Prefeitura de Mogi fará o que com os prédios? Até porque o Estado está tirando os estudantes de uma estrutura boa e colocando em outras precárias", comentou.
A Secretaria Municipal de Educação informou que realiza o estudo de atendimento da demanda e organização das unidades escolares para 2016, em parceria com a Diretoria de Ensino, -verificando-se a necessidade de atendimento da educação infantil e do ensino fundamental do 1º ao 5º ano, em cada a bairro.