O analista de suporte Leandro Pereira da Silva, de 29 anos, viu sua vida virar um tormento logo após terminar um relacionamento de três meses com uma mulher de 27 anos. Na época, o Mogi News publicou o caso, pois o jovem registrou ocorrência no 2º DP de Brás Cubas após descobrir que havia um cartaz, com foto dele, na internet, com vários compartilhamentos, acusando-o de ser estuprador e pedindo para a população denunciá-lo, caso o visse.
Como vinha sendo ameaçado, por estar recebendo telefonemas constantes de pessoa desconhecida, e havia também descoberto que haviam criado um perfil falso da mãe dele em uma rede social -(em que a pessoa se fazia passar por ela dizendo que o filho "agredia os próprios pais idosos"), o analista procurou a Polícia Civil e relatou toda a suspeita sobre a ex, o que gerou um inquérito para apurar os crimes de ameaça, injúria, difamação, calúnia e denunciação caluniosa. "Fazia uns dois ou três dias que eu tinha terminado com ela e recebi a primeira ligação, de uma voz feminina, afirmando que o irmão dela iria me matar, porque eu estava 'mexendo com a mulher dele'. Houve ainda denúncias de maus tratos, drogas e homicídio contra mim, que fizeram com que a polícia viesse em casa três vezes para me averiguar",.
Para piorar, pouco tempo depois de o analista procurar a polícia para se defender, a suspeita teria tentado se matar e afirmou que, depois que se relacionou com ele, passaram a acontecer "coisas estranhas" na vida dela e que alguém desconhecido tinha entrado em sua casa e "dado um remédio" para ela, mas que não se recordava de mais detalhes. Por fim, ela teria passado todos os números de telefone do rapaz para a polícia investigá-lo. "Ela ainda tentou incriminar uma ex-namorada minha e chegou a me dizer também que um ex dela a estava ameaçando e que as mensagens, que eu recebia no meu celular, seriam deste homem. Soube depois que ela inventou. Ela mesma fazia tudo isso", descreveu a vítima.
Na ocasião, o analista lembra que a vida dele virou do avesso, pois sentia receio de sair na rua, principalmente após a divulgação do falso cartaz na Internet, já que naquele mesmo mês uma mulher, confundida pela vizinhança com uma sequestradora de crianças (devido a boatos espalhados na rede virtual), havia sido espancada e morta por vizinhos no Guarujá. "Fui entrevistado sobre o meu caso até no programa do Datena e aí, quando o cerco apertou contra ela, soube que ela admitiu toda a armação. Mas foram cinco meses que não quero viver nunca mais e que não desejo a ninguém", concluiu.
O processo contra a acusada segue em segredo de Justiça no Fórum. Ela não foi localizada pela reportagem para dar a sua versão dos fatos.