Diante do cenário de crise econômica, as prefeituras se veem obrigadas a adotar medidas para que seus orçamentos deem conta das finanças das cidades, algo que já ocorre no Alto Tietê, principalmente porque os governos federal e estadual reduziram os repasses aos município. Para o governador Geraldo Alckmin (PSDB), os cortes não são melhores estratégias para combater esta fase, pois deve-se focar no crescimento e no desenvolvimento.
Um sinal de que a situação econômica está crítica foi a medida adotada na Prefeitura de São José dos Campos, uma das mais fortes e importantes do Estado. Por falta de verba, os departamentos municipais passarão a funcionar apenas meio expediente.
O governador ressaltou que a crise deve trazer como consequência uma queda na arrecadação, neste mês, de R$ 700 milhões. "E em outubro a maioria das prefeituras não terá dinheiro para pagar o salário de seu funcionalismo", estimou o tucano. Mas algumas administrações municipais do Alto Tietê garantem que a folha de pagamento, incluindo o 13º dos servidores, não será afetada.
Para conseguir driblar a crise aqui na região, três prefeituras já adotaram estratégias, como a redução no consumo de energia elétrica e telefone e até reciclagem de materiais, que é o caso de Santa Isabel. "Desde o meio do ano passado, quando surgiram os primeiros indícios de crise econômica, a prefeitura já tomou algumas medidas de prevenção, principalmente nas compras. E com relação ao RH (Recursos Humanos), apenas cortes nas horas extras e algumas gratificações", informou a Secretaria de Gabinete. "Devido a esta prevenção estamos conseguindo manter, até o momento, todos os serviços e obras. E com pagamento em dia dos salários dos funcionários e dos fornecedores". A pasta ainda destacou que os repasses não sofreram cortes, mas estão recebendo com atraso.
Em Ferraz de Vasconcelos, foram adotadas as mesmas medidas que em Santa Isabel, segundo informações das Secretarias de Fazenda e de Administração. Além disso, está ocorrendo a revisão de contratos.
Um plano de contenção de gastos também foi colocado em ação na Prefeitura de Itaquaquecetuba. Entre as medidas estão renegociação de contratos e dívidas; corte de horas extras de funcionários; mudanças de repartições que estavam funcionando em prédios alugados para prédios próprios ou alugados por valores mais baixos; e parcerias com os governos estadual e federal para garantir investimentos. A administração municipal ressaltou que, desta forma, é possível manter os serviços.
