As obras de construção do Fórum de Brás Cubas devem ser paralisadas novamente, dentro dos próximos dias. Dessa vez, a interrupção dos trabalhos é consequência do atraso nos repasses do governo estadual, que faz com que a empresa responsável pelos serviços não tenha condições de continuar com as atividades.
O problema, que já havia sido cogitado pelo Mogi News no início do mês passado, foi confirmado pela Fasul Pavimentação e Construção Ltda., responsável pelas obras. A Secretaria Estadual de Justiça, por sua vez, limitou-se a dizer que "a construção está em andamento e seu contrato (no valor de R$ 7 milhões) em plena vigência".
Conforme apurou a reportagem os atrasos no repasse estariam acontecendo há três meses, em razão da crise na arrecadação de impostos e taxas. Os valores, que ainda não foram repassados para a empresa, são correspondentes às medições de maio, junho e julho. 
Ainda segundo a Fasul, o número de funcionários que trabalham na obra foi reduzido quase que pela metade, passando de 70 para 40. "Mesmo sem os repasses, os trabalhos continuaram sendo executados, mas a força de trabalho teve de ser reduzida. Estamos aguardando um posicionamento do Estado, pois não é interesse da empresa que as obras sejam abortadas", esclareceu Roberto Fasul, responsável pela construtora.
Atualmente, cerca de 45% da obra já foi executada.Toda a parte estrutural do prédio, segundo informou o empresário, já foi concluída. Desta forma as próximas etapas consistem nos trabalhos de acabamento, tanto da parte interna quanto da parte externa do prédio, além da parte elétrica e a pavimentação do estacionamento.
Histórico
A construção do imóvel, iniciada em janeiro de 2013, foi paralisada em maio do ano passado. Na ocasião, a Secretaria de Estado da Justiça e da Defesa da Cidadania rompeu o contrato com a empresa Enconsul, em decorrência de descumprimento de algumas cláusulas contratuais, além de atrasos.
Em fevereiro deste ano, após nove meses, a Fasul, vencedora do novo processo licitatório, retomou os serviços. O contrato foi assinado em 29 de janeiro deste ano, ao custo de R$ 7 milhões. O prazo para que as obras sejam concluídas é fevereiro de 2016.