Tem sido cada vez mais comum encontrar animais silvestres em áreas urbanas de Mogi ou vê-los vivendo em cativeiro. Bichos preguiça, veados, tucanos e corujas são alguns dos bichos que têm aparecido com frequência. Prova disto é o balanço divulgado pela Polícia Ambiental, o qual aponta que, de 1° de janeiro a 23 de agosto de 2015, 147 animais silvestres, a maior parte aves, foram apreendidos. São 18 apreensões por mês. Durante todo o ano passado, 228 animais silvestres já haviam sido capturados. Em outro dado, este da Delegacia de Investigação Contra o Crime de Meio Ambiente, revela que de 2014 até o momento, 116 procedimentos foram instaurados.
 De janeiro até o início de setembro, o Centro de Controle de Zoonoses (CZZ) da cidade atendeu 27 ocorrências envolvendo animais silvestres. O índice quase supera todos os casos recebidos em todo o ano de 2014, quando 31  foram atendidos pelo CCZ.
Mesmo com este grande número, Mogi não dispõe de um Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas). A unidade é responsável por cuidar, tratar e reabilitar os animais silvestres que são apreendidos. Um grupo de mogianos está lutando para conseguir a implantação do serviço. O vereador Claudio Miyake (PSDB) apresentou, nesta semana, o projeto para a criação do Cetas e informou que o núcleo pode ser instalado no Parque Municipal.
Além dos animais que são apreendidos pela Polícia Ambiental, muitos bichos são encontrados pela própria população. Apenas neste ano, 50 animais foram entregues pelos mogianos à Polícia Ambiental. Durante todo o ano passado, 168 foram levados aos policiais.
De acordo com Miyake, desde 2011, o Parque Ecológico, espaço de referência no acolhimento da animais silvestres na região, recebeu 1.903 bichos, nos quais 1.619 foram recolhidos em Mogi. "A cidade tem uma área territorial muito grande e conta com a Serra do Itapeti. Além disso, com o crescimento do município, problemas de conflito surgem", destacou o parlamentar.