O Café com Mogi News desta terça-feira (3) destaca ações da Prefeitura de Suzano em prol do bem-estar animal, com destaque para o projeto Baby, Me Leva com foco na adoção responsável de cães e gatos. A entrevistada é a diretora da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Suzano, Solange Wuo, bióloga de formação com uma ampla experiência na área ambiental, que aborda as ações para as mudanças nas políticas de bem-estar e proteção animal e no cuidado da população com os pets. Saiba mais nesta entrevista especial com apoio da Padaria Tita.
Café com Mogi News: Toda semana divulgamos as ações de adoção do projeto Baby, Me Leva, um grande cuidado da Prefeitura de Suzano com a posse responsável.
Solange Wuo: O bem-estar animal ainda não é uma política pública implantada com leis, estatutos e regras. São raros os municípios que estão um pouco à frente, mas isso é uma questão mais nova, o que não impede que você tenha ações criativas. Quando a gente não tem institucionalizada a política, não tem a dotação orçamentária, o recurso financeiro direto, os únicos recursos acabam sendo emendas parlamentares, mas são finitas, são específicas para alguma coisa. Eu acho que o que move é o coração mesmo, querer fazer e tem que arregaçar a manga. Então você usa a criatividade e a famosa vontade política, que às vezes tem recurso e não faz, e sem recurso faz, é vontade política e a equipe.
Essa questão específica do Baby, Me Leva foi criada na gestão do nosso querido André Chiang, que agora se elegeu a vereador, mas estava à frente da Secretaria (de Meio Ambiente). Nessa fase que ele assumiu, desde dezembro de 2020 até agora, foram criadas várias ações. O Baby, Me Leva foi uma forma de unir, de valorizar os cuidadores, os protetores, as ONGs que fazem esse trabalho nobre de recolhimento dos animais, de cuidado, mas que precisam doar esses animais, até para conseguir cuidar de outros. Porque você pega um animal bem tratado, espera que ele tenha uma vida longa, então você precisa fazer isso. E deu muito certo. A gente estava comentando um pouquinho até antes de começar nosso papo que a gente mudou, a sociedade mudou a relação com o animal. Quando eu era criança, o cachorro era no quintal e espantar alguém que quisesse entrar.
Com o tempo, eu acho que foi sendo descoberta essa relação de um amor incondicional, de afeto, de um preenchimento mesmo. Ele não é um ser humano, mas é uma pessoa, é um ente da família. E a gente tem inúmeras situações que a gente pode apresentar que mudou essa relação, tanto a relação de uma criança, aprendendo cuidar do animal, de ser responsável, tanto de um idoso, pela companhia, por esse carinho mesmo.
Em Suzano, quando teve a época que foi preciso criar os abrigos para acolher os moradores de rua e os seus animais. Então, esse vínculo é muito forte, mesmo a pessoa em situação de rua, porque é um vínculo afetivo. A Secretaria tem hoje um setor que trabalha, que organiza, com a Andreia Nascimento, que é o nosso braço direito coordenadora desse trabalho também. Então uniu essa facilidade hoje das pessoas terem acesso, e na página do Baby Me Leva, as pessoas acessam e escolhem o animal.
Hoje também a gente faz muita campanha para as pessoas não comprarem animal, porque tem muito animal para ser doado. Então tudo bem, vai querer comprar animal de raça, não é proibido, mas essa consciência dela resgatar, adotar um animal que já está resgatado é muito importante. As pessoas que querem participar das ONGs, os protetores, encaminham um e-mail para Secretaria com o nome do tutor, o nome do animal, os traços do animal e foto. E a gente publica, temos a Secretaria de Comunicação, que é a nossa parceira e publica no site. A pessoa pode fazer a escolha direto e entrar em contato. A gente faz as feiras a cada 15 dias, na maioria das vezes no Parque Max Feffer.
CMN: São várias atrações no parque?
Solange: A pessoa vai aproveitar o final de semana então e vai conhecer, vai interagir com eles. É muito legal, eles pegam dão uma volta primeiro, porque geralmente é com criança, depois pega outro e acaba realmente adotando. Muitas vezes os pais nem estão pensando nisso e a criança vê a quilômetros. Tem sido um trabalho muito gratificante e muito efetivo, porque a gente tem conseguido desde o início do programa já quase 2 mil animais adotados. Então, parece pouco, mas é expressivo.
CMN: Como você entrou na causa animal, na questão ambiental?
Solange: Deve ser genético. Sou de Salesópolis, meu avô veio da Finlândia. Ele era engenheiro hidráulico e veio para Salesópolis. Quando ele chegou ia ser construída uma usina hidrelétrica na primeira queda do rio Tietê, que era em Salesópolis. A gente brinca que ele despencou lá da Finlândia e caiu em Salesópolis. E casou-se com a minha avó que era de Salesópolis mesmo, constituiu a família, eles tiveram oito filhos e a minha mãe é caçula. Mas essa consciência talvez, essa questão, o Antônio Wuo era meu primo, já falecido, tinha um trabalho muito forte com essa visão por meio da fotografia. Ele fez o livro dos pássaros da Mata Atlântica, da Serra do Itapeti.
Na minha adolescência, a gente criou o grupo ecológico “Nascente do Tietê”, e minha mãe era presidente. Ela sempre foi muito ativista, arrumava muita briga com caçador de passarinho e todo mundo debochava. Hoje a gente vê que virou crime ambiental. E aí eu fiz biologia, inicialmente fui professora e depois já fui me especializando para área de gestão pública ambiental e iniciei meu trabalho na Prefeitura em Salesópolis com o prefeito Quico em 2001 e nunca mais parei.
Já trabalhei em vários municípios do Alto Tietê, já tinha trabalhado em Suzano de 2009 a 2012 e agora estou com o prefeito Rodrigo (Ashiuchi) há quase 8 anos. Trabalhei em Guararema também. Então eu trabalho muito forte são as áreas de coleta seletiva, de catadores. Sou madrinha das cooperativas de catadores do Alto Tietê. A gente tem um trabalho com Condemat (Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê) que veio ajudar muito.
CMN: O Consórcio tem um trabalho muito importante também nas câmaras, nos grupos de trabalho.
Solange: Isso, até esse do bem-estar animal, a gente discute muito entre todos e temos um convênio com a Associação Nacional dos Catadores para trabalhar esse fortalecimento das cooperativas. Nós ganhamos vários
prêmios de reconhecimento. E com esse trabalho unido, os prefeitos conseguiram uma grande força política. Acho que pelo Condemat não se envolver na política partidária, ele continua forte.
Nós nunca ganhamos tanto. Também tem um trabalho muito forte de muitos e muitos anos dentro do Comitê de Bacias, que é onde vem o recurso. Pelo Condemat, o prefeito de Vaderlon (Gomes), que foi presidente do Comitê e é prefeito de Salesópolis, a gente conseguiu trazer aqui para região, para os municípios, um recurso histórico também do Fundo de Recursos Hídricos.
Falando da causa animal, até 2008 a gente na área ambiental não tinha dentro dos eixos. Você trabalhava a questão da arborização, de Mata Atlântica, licenciamentos, saneamento. Ninguém falava nada de bem-estar animal, mas já existia esse movimento. Então, com a primeira lei em 2008 proibindo a eutanásia, o jeito que as prefeituras cuidavam dos animais de rua era a carrocinha e matar. Todo mundo lembra, quando era criança, provavelmente, não deixa escapar o cachorro, ficava todo mundo desesperado. Quando foi proibido, a gente analisando, começando a estudar como fazer. Vamos controlar essa população, vamos fazer castração em massa, porque é isso que a gente tem que fazer mesmo.
Em 2014/2015, eu estava em Guararema, e a gente tem uma reunião com a secretária da Saúde, que é Adriana Martins até hoje. A gente trabalhava junto, ela era secretária de Saúde, eu estava na Secretária do Meio Ambiente. Ela falou: "Ah, então, Solange, agora esse valor, essa questão da castração dos animais não é mais com a gente. Não tem mais verba que venha da saúde para isso”. E aí era o prefeito Adriano (Leite), que continua hoje no Condemat, a gente começou a discutir como que a gente organizava, porque para o pessoal da Saúde não era mais, e não tem recurso no Meio Ambiente, nem no Ministério do Meio Ambiente, nem na Secretaria de Meio Ambiente, nada. Aí foi feito um trabalho, inicialmente com o recurso da Saúde e foi criado o Centro do Bem-Estar Animal. Quando eu vim para Suzano, eu já estava familiarizada porque eu já tinha passado por isso. Então a gente começa discutindo com o Condemat, e cria a Câmara Técnica do bem-estar.
Chegando em Suzano, a gente começou também com essa linha que é muito importante e a denúncia de maus-tratos. A sociedade está descompensada e descarrega no animal. Você descarrega em mulher, veja o número de feminicídios, imagine um animal. Tem vários graus de maus-tratos. A gente tem de tudo, já fizemos até vistoria com drone para entender como estava o animal. Recebemos por dia quase 10 denúncias, e essas não são todos que procedem. Mas, como é feito?
CMN: É pela Ouvidoria?
Solange: Na Ouvidoria, você pode telefonar, tem o número do 0800, mas você pode também mandar um e-mail que a gente até recomenda, porque já coloca algumas fotos. A gente vai vistoriar todos, e tem situações e situações. Eu vejo que essa fiscalização, na verdade, é uma educação ambiental também, eles levam o cartilha, eles orientam.
CMN: Não é um trabalho só punitivo?
Solange: Não, não é. Muitas tem uma denúncia que o animal está em um lugar insalubre, e quando você chega, a família está em um lugar insalubre. Então, a família está numa situação muito precária. Aumentou demais o número de acumuladores, o que não deixa de ser um problema também moderno, que é um estresse, uma questão emocional que a pessoa passou e você não pode agir drasticamente. Então a gente tem essa união com CAPS, com o pessoal da Assistência Social, da Saúde, com a Vigilância Sanitária, e às vezes é feito uma ação integrada. E tem casos tão graves de crime ambiental, aí a Polícia que tem que intervir, porque é crime. A GCM (Guarda Civil Municipal) apoia, mas tem que ser a Polícia Militar para abrir o inquérito policial, o inquérito civil, investigar, porque é crime.
CMN: É uma legislação ambiental é bem forte.
Solange: É uma legislação bem forte, porém ainda se acertando. Com o animal silvestre é muito fácil, eu não posso ter animal silvestre em cativeiro. Para eu julgar se esse animal doméstico, seja um cavalo, que a gente tem muito problema também, um gato, um cachorro, a gente tem mais problema com cachorro, que gato é muito ágil, muito esperto. Cachorro é o problema, tem que ter o laudo do veterinário, porque às vezes é uma mãezinha que teve os filhotes, tá emagrecida, tem uma denúncia. Então a gente deixa, a pessoa tem que apresentar um relatório veterinário, tem que ver a vacinação, tem toda uma orientação para o bem-estar daquele animal. E só é retirado mesmo em último caso, se ver que não corrige, porque também a gente não tem ainda onde colocar.
Nesse caso, vai para um protetor, e a gente tem as parcerias com cuidadores, protetores, e aí vai para o Baby Me Leva. Todos os animais que vão para o Baby Me Leva já são castrados e vacinados. Então, isso auxilia bastante, mas são esses dois trabalhos. Então, é, essa visão e agora também com recursos de emendas, foi conseguido construir, está até finalizando, no ano que vem deve estar em funcionamento o nosso Centro do Bem-Estar.
Vontade política é tudo, porque mesmo sem recurso, a gente foi fazendo, se adequou. A fiscalização dos maus-tratos não é a fiscalização ambiental, porque eu não posso chegar já de primeira, porque o fiscal ele tem a postura já mesmo de autuação. Seja até uma notificação de advertência, mas é uma autuação. Então a gente precisa de um outro tom. Você chega e você tem que conversar, orientar. Aí sim, verificando a gravidade, aí chama a retaguarda e vem tanto a fiscalização como a fiscalização de posturas, como também a Polícia Militar e tudo mais.
CMN: E tem outras ações que vocês vêm desenvolvendo nesse sentido do bem-estar animal?
Solange: Então, a gente já realizou um curso muito legal que a gente chamou de Educadores Ambientais Populares. Até para gente alinhar, porque uma coisa é eu ir com a minha emoção de cuidador, de protetor e querer às vezes entrar, invadir a casa, pular muro, outra também é como eu cuido bem. Às vezes a gente tem casos de pesssoas que se pronunciou como protetoras, mas na verdade tem um certo grau de acumulação, principalmente com gatos. Os gatos não podem ficar presos, não podem ficar muito juntos, eles têm um nível de estresse que começa a gerar doenças, e aí vira uma bola de neve. O curso foi para entender até onde a gente pode ir, como é que está essa política pública, foi muito legal. A nossa palestra magna foi o professor o Jefferson Leite, veterinário aqui de Mogi.
CMN: Nosso colaborador, cada 15 dias a gente tem um vídeo lá com ele nas nossas redes sociais
Solange: Ele é fantástico. Ele foi o nosso palestrante da aula magna, e isso permitiu que a gente quebrasse alguns paradigmas, porque também quem não trabalha dentro do poder público, tem uma outra visão.
O prefeito e a primeira-dama (Larissa Ashiuchi) tinham essa visão muito forte. Eles têm inclusive a Cacau que é adotada do programa e tudo. É uma coisa de verdade, então por isso que essa vontade vai, mas é complexo, então eu tenho que fazer lista, por exemplo, porque não dá para eu comprar ração e distribuir aí para os protetores, eu não posso.
Acho que esse curso ele veio no momento, já faz algum tempo, mas ele deu um tom para todo mundo e realmente as pessoas foram multiplicadoras.
CMN: No Poder Público também há desafios, também há burocracia das áreas.
Solange: Exatamente, e quando a gente é regido por uma política pública nacional, estadual e vem para o município. Eu falo que o município é onde acontece as coisas, as pessoas estão aqui, o resto é assim, não é imaginário, meio virtual. Eu sou inclusive muito municipalista, sou diretora da ANAMA, Associação Nacional de Gestores do Meio Ambiente e por conta disso mesmo. Mas, acho que isso também auxiliou, essa visão da gestão da Prefeitura, da nossa Secretaria, do prefeito, Larissa, do André, de todos, é de entender, que mesmo não tendo claramente essa política, mesmo não tendo ainda os recursos, eu vou fazer o que der. E acho que isso que foi o grande avanço e a gente tem metas, agora com o Centro inaugurado, voltar também com o curso. Isso está até no programa de governo do nosso prefeito eleito, Pedro Ishi, que é os Educadores Ambientais Populares.
A gente tem essa legislação, uma lei que é bem moderna, boa e um dos pilares dessa legislação são os Educadores Ambientais Populares. Com o tema meio ambiente geral, principalmente da crise climática, a gente vai trabalhar muito isso e também com bem-estar animal. Isso é um é um caminho que a gente já determinou para a nova gestão.
CMN: Esse é o futuro que você vê? Ampliar essas ações?
Solange: Só ampliar e consolidar algumas ações. O ano que vem a gente tem o PPA, a gente já começa a pensar no Plano Plurianual (PPA), que é justamente para ver quais são as ações importantes, que recursos vamos precisar para os próximos 4 anos. E nele, com certeza, a questão do bem-estar animal vai estar com grau de importância já instituído, porque como eu expliquei para gente planejar recursos, para gente conseguir evoluir.
Olha o que a gente estava comentando, não existe um senso de animais. Então, perdeu-se o bonde que tivemos o Censo do IBGE e podia por um quadrinho - Você tem animais? Sim? Quantos? Qual? Pronto, já estava entrevistando, mas perderam esse bonde. Então, hoje, como é que você consegue planejar sem saber o número de pessoas, por isso existe o Censo. Eu tenho 330 mil habitantes em Suzano, Salesópolis tem 16 mil habitantes, então eu consigo planejar, se tem que trazer médico para quantos, trazer não sei o quê. Aí tem animais para trazer a castração, quantos? Tem algumas metodologias, uns estudos, umas teses que praticamente é o mesmo número de animais, o mesmo número de população. Eu não duvido, porque você tem gente que não tem, tem outro que tem 10, tem 8...
CMN: Fora os que estão abandonados nas ruas.
Solange: Então, acho que é um grande desafio. A gente iniciou já fazendo o RG Animal, RGA, e é bastante importante. Então, isso também seria muito bom das pessoas irem fazer. Na Secretaria, por e-mail também. Ela registra, faz o RGA, tem a medalhinha. A medalhinha não é com chip, não é tão avançado assim, mas ela tem esse cadastro, e é muito importante para gente conseguir planejar. Por enquanto ele não é obrigatório ainda, por isso que eu defendo ainda que a gente tem que ter uma lei, que o Estatuto do Bem-Estar Animal desse ano da cidade, com as regrinhas, com as atualizações.
CMN: Isso já está em andamento?
SOLANGE: Então a gente já tem o estudo bastante avançado, a gente elaborou em conjunto com Condemat e recebeu um apoio grande da Prefeitura de Campinas, que tem um modelo muito bom. Na Prefeitura de Guarulhos já tem andamento, em Barueri e também em algumas cidades do Sul que a gente fez algumas pesquisas que está dando certo. A gente faz toda essa pesquisa de boas práticas assim e depois vai com as características da gente, adaptando. Então, eu acho que isso é o que a gente tem como meta, porque aí você começa a tratar de verdade essa política pública no nível de todas as outras, com dotação orçamentária e tudo mais
MN: A gente vai finalizando o papo. Você acha que também falta uma mudança de comportamento das pessoas, de repente ter um olhar diferente também?
Solange: Acho muito. Eu falei para vocês que minha área também muito forte é de gestão de resíduo. E um dia a gente estudando, falando: “Nossa, tá difícil as pessoas não fazem a coleta seletiva”, saiu uma pesquisa no Datafolha recente que as pessoas não fazem e eles foram verdadeiros na resposta do "Por que que você não faz? Por preguiça!". Então assim, você não tem responsabilidade com o seu resíduo, com o descarte correto, sendo que é você que produz. Um amigo meu falou assim: "Fique tranquila, porque não tem responsabilidade nem com o filho às vezes". Mas a gente leva essa questão para o animal, essa responsabilidade. Então hoje eu acho que é isso que está faltando. As pessoas não irem na onda, não se influenciarem por imagens, por Instagram. “Eu quero ter um cachorrinho que ele é lindinho, tá aqui todo mundo agora da moda”
Lembrando que o cachorro tem que se alimentar, tem que se vacinar, ser cuidado. Ele não pode ficar preso num ambiente muito fechado, você tem que higienizar a área em que ele está, cuidar, não pode ficar no tempo, no sol, na chuva. É um ser que você tem que cuidar, tem que ser responsável e tem que castrar. E não dá para deixar na rua. Então juntou a falta de política pública geral de controle, que ficou esse hiato de 2008, mas que ficou um hiato sem ninguém trabalhar com isso. E houve esse 'boom' na população. É muito difícil, nas vistorias, eles veem muito isso, tem que explicar para que é responsabilidade dele e você deixar ele sair todo dia para rua e voltar é maus tratos, é descuido, então falta ainda muito essa consciência. Tem todos os perigos, de ser atropelado e até de atacar uma outra pessoa também. Animal, por mais que a gente tenha esse afeto, brinque, ele é um ente querido, ele não é racional, ele é um animal, ele é instintivo, então às vezes ele tem umas reações para se proteger.
CMN: As vezes acha que é uma ameaça.
Solange: É, exatamente, é instintivo. Mas eu sou muito esperançosa, a gestão do prefeito Rodrigo é uma gestão muito animada, porque a energia que tem essa pessoa é assim, e a Larissa dá todo esse tom também. E o André que tem um amor a causa, que teve todo esse cuidado, a Andreia, e todos os membros da equipe e todo mundo que apoia. Eles estão juntos por conta de também gostar, de trabalhar com isso, porque não adianta você forçar. Isso é um trabalho que não dá para forçar. Mas, é isso, eu agradeço imensamente a oportunidade.
SERVIÇOS
Os interessados em adotar cães e gatos do projeto Baby, Me Leva podem ver os animais disponíveis pelo portal https://baby-me-leva.suzano.sp.gov.br/ e também pessoalmente, nos eventos de adoção que acontecem a cada 15 dias, geralmente no Parque Municipal Max Feffer.
O telefone da Ouvidoria para denúncias de maus-tratos é o 0800-774-2007 e o e-mail ouvidoria@suzano.sp.gov.br.
Mais informações sobre o RGA - Registro Animal - pelo link - https://suzano.sp.gov.br/meio-ambiente/registro-geral-animal-rga/