O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) encerrou nesta quinta-feira (17) a greve de fome iniciada há oito dias, após acordo firmado com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos- PB), que prevê que o processo de cassação de seu mandato não será analisado neste primeiro semestre Glauber Braga iniciou a greve de fome na última quarta-feira (9), após aprovação do processo de cassação de seu mandato pelo Conselho de Ética da Câmara. “Estou suspendendo a greve de fome, mas nós não estamos suspendendo a luta contra o orçamento secreto, contra o poder oligárquico. Não estamos suspendendo a luta pela responsabilização dos assassinos de Marielle e pela responsabilização dos golpistas de plantão”, disse Glauber.  Segundo a assessoria do parlamentar, durante os oito dias em que ele ficou acampado na Câmara dos Deputados sem sem alimentar, ele perdeu mais de cinco quilos, ingeriu apenas água, soro e isotônico.  O deputado disse que passará por um momento de recuperação e está recebendo orientação médica sobre o que pode ingerir.   Acordo  Em publicação nas redes sociais, Hugo Motta garantiu que, após a deliberação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o processo só será submetido ao Plenário após 60 dias.  “Garanto que, após a deliberação da CCJ, qualquer que seja ela, não submeteremos o caso do deputado ao Plenário da Câmara antes de 60 dias para que ele possa exercer a defesa do seu mandato parlamentar. Após este período, as deputadas e os deputados poderão soberanamente decidir sobre o processo”, disse Motta.  O acordo com Motta foi intermediado pelos deputados Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e Lindbergh Farias (PT-RJ). Para Glauber Braga, a mensagem de Hugo Motta demonstrou um recuo e uma sinalização importante contra a perseguição que ele estava sofrendo. Relacionadas Greve de fome de Glauber completa 8 dias e mobiliza apoios Greve de fome: Glauber acampa na Câmara após Conselho votar cassação Conselho de Ética aprova cassação do mandato de Glauber Braga