O Papa Francisco disse sentir, neste domingo (2), “no seu coração a bênção que se esconde na fragilidade” e agradeceu aos médicos e aos fiéis que rezam por ele, no Angelus transmitido em texto, enquanto o líder da Igreja Católica permanece internado. “Envio-vos estes pensamentos ainda do hospital, onde, como sabem, estou há vários dias, acompanhado por médicos e profissionais de saúde, a quem agradeço a atenção com que cuidam de mim”, disse o Papa, revelando sentir “no seu coração a bênção' que se esconde na fragilidade”. O chefe de Estado do Vaticano agradeceu ainda aos fiéis que rezam pela sua saúde. “Gostaria de agradecer as orações que sobem ao Senhor [Deus, para os católicos] do coração de muitos fiéis em muitas partes do mundo", explica texto divulgado pelo gabinete de imprensa. “Sinto todo o vosso carinho e a vossa proximidade e, neste momento particular, sinto-me como se fosse carregado e apoiado por todo o povo de Deus. Obrigado a todos!”, acrescentou o Papa, dando ainda “graças a Deus” pela “oportunidade de partilhar no corpo ou no espírito a condição de tantas pessoas doentes e sofredoras”. A oração dominical do Angelus é, habitualmente, lida pelo Papa a partir da janela do Palácio Apostólico para os fiéis reunidos na Praça de São Pedro, no Vaticano, mas, nos últimos três domingos, por causa da sua hospitalização, os seus discursos foram transmitidos apenas sob a forma de texto. Conflitos armados Como tem sido habitual nos seus discursos, o Papa fez um novo apelo para o fim dos conflitos armados que existem no mundo. “Rezo por vós também. E rezo sobretudo pela paz. Daqui [do hospital], a guerra parece ainda mais absurda”, avaliou, pedindo orações pela Ucrânia, Palestina, Israel, Líbano, Myanmar, Sudão e pela região congolesa de Kivu. O Papa, de 88 anos, está internado desde 14 de fevereiro, devido a uma bronquite com infecção polimicrobiana, acompanhada de pneumonia bilateral. Hoje, Francisco recebeu no Hospital Gemelli o secretário de Estado do Vaticano, o cardeal italiano Pietro Parolin, e o substituto da Secretaria de Estado, o venezuelano Edgar Peña Parra. Sem adiantar mais pormenores, o porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, confirmou a visita que acontece depois de o último relatório médico ter indicado que, após a crise respiratória sofrida na sexta-feira, Francisco estava “estável” e apresentando “boa resposta” ao tratamento com ventilação mecânica não invasiva e oxigenoterapia. *É proibida a reprodução deste conteúdo. Relacionadas Papa Francisco passa "noite tranquila" após crise respiratória Em revés, papa teve crise respiratória "isolada", diz Vaticano Papa Francisco volta a melhorar; prognóstico ainda é “cauteloso”