Ninguém pode interromper a “reunificação” da China com Taiwan, afirmou o presidente chinês, Xi Jinping, em seu discurso de Ano Novo nesta terça-feira (31), emitindo um claro alerta para o que Pequim considera como forças pró-independência dentro e fora da ilha com 23 milhões de pessoas. Durante o último ano, Pequim intensificou a pressão militar perto de Taiwan, mobilizando navios de guerra e aviões quase diariamente para as águas e espaço aéreo em torno da ilha, o que autoridades taiwanesas viram como um esforço cada vez maior para “normalizar” a presença militar da China. A China considera Taiwan, governado democraticamente, como seu próprio território. Mas o governo de Taiwan rejeita as reivindicações de Pequim e diz que apenas o povo pode decidir seu futuro e que Pequim precisa respeitar a escolha do povo taiwanês. “Os povos nos dois lados do Estreito de Taiwan são uma única família. Ninguém pode romper nossos laços familiares e ninguém pode interromper a tendência histórica de reunificação nacional”, afirmou Xi em discurso transmitido pela emissora estatal chinesa CCTV. Em discurso de Ano Novo no ano passado, Xi havia dito que a “reunificação” da China com Taiwan era inevitável e que os povos nos dois lados “deveriam estar ligados por um senso comum de propósito e compartilhar a glória do rejuvenescimento da nação chinesa”. As tensões permaneceram altas ao longo de 2024 no sensível Estreito de Taiwan, especialmente após Lai Ching-te, considerado um “separatista” por Pequim, se tornar o mais recente presidente da ilha em maio. *É proibida a reprodução deste conteúdo Relacionadas Eleitores de Taiwan dão 3º mandato presidencial a partido governista G7: Tensão entre China e Taiwan deve ser foco em tratativas com Brasil