A Corte Constitucional da Coreia do Sul começou nesta segunda-feira a analisar o impeachment do presidente Yoon Suk Yeol por causa da proclamação de lei marcial em 3 de dezembro, iniciando um processo para decidir se ele será removido do cargo. Os investigadores planejam interrogá-lo nesta semana sobre acusações criminais. O tribunal fará a primeira audiência pública em 27 de dezembro, disse a porta-voz Lee Jean em entrevista coletiva, depois que os seis juízes do tribunal se reuniram no sábado (14) para discutir os planos de revisão do impeachment aprovado pelo Parlamento, controlado pela oposição. A corte tem até seis meses para decidir se retira Yoon do cargo ou o reintegra. A primeira audiência será "preparatória" para confirmar as principais questões legais do caso e o cronograma, entre outros assuntos, segundo Lee. Yoon não é obrigado a comparecer a essa audiência, disse ela. Em 2017, o tribunal levou três meses para emitir uma decisão a fim de retirar a então presidente Park Geun-hye da Presidência, após seu impeachment por abuso de poder. Yoon e vários funcionários de alto escalão também enfrentam possíveis acusações de insurreição devido à lei marcial de curta duração. Uma equipe conjunta da polícia, do Ministério da Defesa e de uma agência anticorrupção planeja chamar Yoon para interrogatório na quarta-feira (18) sobre as acusações, disse um oficial da polícia à Reuters. O serviço de segurança presidencial se recusou a aceitar a convocação de Yoon, afirmando que não era sua atribuição, informou a agência de notícias Yonhap. Uma agência anticorrupção disse que a intimação também foi enviada registrada pelo Correio. registrado. Yoon, promotor de carreira antes de se tornar presidente, sua primeira candidatura a um cargo eletivo, nomeou o ex-promotor Kim Hong-il para liderar equipe de advogados na revisão do impeachment e nas investigações criminais, informou a mídia local. Kim não pôde ser contactado imediatamente para comentar o assunto. O governo, liderado pelo presidente interino Han Duck-soo, continua a tentar tranquilizar os parceiros e investidores internacionais, enquanto os partidos políticos se comprometem a cooperar nos esforços para estabilizar a situação. A surpreendente declaração de lei marcial de Yoon e a crise política que se seguiu assustaram os mercados e os parceiros diplomáticos da Coreia do Sul, preocupados com a capacidade do país de deter a Coreia do Norte, que tem armas nucleares. Integrantes do Parlamento também manifestaram preocupação de que o desastre da lei marcial tenha sido prejudicial no momento em que a Coreia do Sul precisa se preparar para a segunda Presidência de Donald Trump nos Estados Unidos, o maior aliado do país. *É proibida a reprodução deste conteúdo. Relacionadas Parlamento sul-coreano aprova destituição do presidente Yoon Suk-Yeo Presidente da Coreia do Sul diz que não desistirá após impeachment Coreia do Sul tenta tranquilizar aliados após impeachment