Um estudo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostra que o clima do Brasil está mudando rapidamente, com aumento da temperatura e das ondas de calor, especialmente no Nordeste e no Norte. O estudo também mostra que o número de dias com ondas de calor aumentou 520% no Brasil desde 1961.

Com isso, os cuidados com a pele devem ser redobrados, pois os riscos do câncer são altos, principalmente porque o tumor é causado por uma agressão contínua, decorrente de anos de exposição ao sol e/ou a produtos químicos.

Segundo o oncologista clínico Dr. Ricardo Motta, o câncer de pele representa cerca de 33% de todos os casos de câncer no Brasil. “O Instituto Nacional do Câncer (INCA) registra anualmente aproximadamente 185 mil novos casos. Essa doença é ocasionada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele, formando diferentes tipos de câncer, com o carcinoma basocelular (CBC) e o carcinoma espinocelular (CEC) sendo os mais comuns, somando cerca de 177 mil novos casos por ano. O melanoma, menos frequente, porém mais agressivo, registra anualmente 8,4 mil casos”, alerta.

O especialista explica que pessoas de pele clara, sardas, cabelos claros ou ruivos, olhos claros e histórico familiar de câncer de pele ou queimaduras solares são estão o maior grupo de risco de desenvolver a doença.

Principais sinais do câncer de pele 

O câncer da pele pode se assemelhar a pintas, eczemas ou outras lesões benignas. Assim, conhecer bem a pele e saber em quais regiões existem pintas, faz toda a diferença na hora de detectar qualquer irregularidade. 

“É sempre importante a pessoa se olhar e se tocar para ver se sente algo diferente. No caso do câncer de pele, o ideal é pedir sempre para uma pessoa próxima olhar as costas e outras regiões do corpo que não são possíveis de se ver sozinho”, orienta Dr. Ricardo Motta. 

Apesar do autoexame ser importante, ele alerta que somente um exame clínico feito por um médico especializado ou uma biópsia podem diagnosticar o câncer da pele, mas é importante estar sempre atento aos seguintes sintomas:

 • Uma lesão na pele de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, com crosta central e que sangra facilmente;

 • Uma pinta preta ou castanha que muda sua cor, textura, torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho;

 • Uma mancha ou ferida que não cicatriza, que continua a crescer apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento.

Diagnóstico precoce aumenta as chances de cura

O Dr. Ricardo Motta lembra que o diagnóstico precoce e o tratamento imediato são essenciais para todos os casos de câncer de pele, inclusive para os de baixa letalidade. “Estes tipos de tumor embora sejam menos agressivos, podem causar lesões graves e desfigurantes em áreas expostas do corpo, causando um impacto emocional nos pacientes”, lamenta.