Em um dia, três ônibus que atendem a linha intermunicipal 311, que liga Salesópolis a Mogi das Cruzes, quebraram na estrada. A informação é de passageiros que utilizaram os coletivos na última quinta-feira. Os usuários reclamam que os problemas começaram quando a Radial assumiu os trajetos que antes eram executados pela CS Brasil, que integrava o Consórcio Unileste.
A farmacêutica Aline de Souza, de 23 anos, utiliza o ônibus todos os dias e afirmou que os salesopolenses estão enfrentando dificuldades para pegar os coletivos, especialmente nos horários de maior movimento. De acordo com ela, os dois ônibus que pegou quebraram. "Na quinta-feira, o ônibus que saiu às 6h30 de Salesópolis quebrou um pouco antes de chegar em Mogi. Já na hora da volta, o veículo que saiu às 16h40 do ponto final apresentou problemas em Biritiba Mirim", contou.
Para a farmacêutica, os veículos sofrem com a falta de manutenção e o sucateamento. "No primeiro caso, o coletivo parou em um ponto e não conseguiu mais sair. Já à tarde, o motorista disse que o volante travou, tanto que o ônibus ficou atravessado em uma rotatória. Isso é muito perigoso, o risco é de ocorrer um acidente. Fora isso, sofremos com os atrasos e a lentidão dos coletivos. A sensação que dá é que os horários foram reduzidos", destacou Aline.
O vendedor autônomo Lucas Henrique da Silva Magalhães, 21, estava em um dos ônibus que quebrou. "Muitas pessoas tentaram pegar carona para voltar para casa. É revoltante toda essa situação. A passagem custa R$ 6,40 e pesa no bolso. Meu irmão começou a trabalhar na semana passada em um supermercado de Mogi e já chegou dois dias atrasado por causa dos ônibus. Além de quebrar, os carros estão muito lentos", acrescentou. Magalhães. Ele informou que pegou outro coletivo depois de 20 minutos, mas que o ônibus estava lotado.
O analista Alex Nogueira, 27, afirmou que o ônibus que saiu às 5 horas de Salesópolis na quinta-feira também apresentou problemas. Ele contou que o veículo quebrou no distrito dos Remédios, ainda na cidade.
Migração 
A nota enviada pela Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), diz que "conforme esclarecido em reunião realizada na quinta-feira (10), com representantes do Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat), a EMTU concentra esforços na gestão do processo de migração das linhas metropolitanas para a empresa Radial, que faz parte do Consórcio Unileste, intensificando a fiscalização da operação e a inspeção da frota da empresa". A Radial foi procurada, mas até o fechamento desta reportagem não se posicionou sobre as reclamações dos usuários.