A Orquestra Paulista de Viola Caipira, de São Paulo, volta à Mogi para uma apresentação amanhã, às 20 horas, no Sesi Mogi das Cruzes. O show convida o público a imergir no universo musical por meio de um repertório diversificado. Além da tradicional música caipira de raiz, o grupo interpreta música erudita, world music, new age e MPB. Com 165 lugares disponíveis, é necessário chegar ao local com uma hora de antecedência para a retirada dos ingressos. O centro cultural fica na rua Valmet, 171, em Brás Cubas, em Mogi. Informações: 4723-6900. 
Formada por 60 integrantes, com idade entre 12 e 82 anos, a orquestra leva toda a sua musicalidade para eventos corporativos e centros culturais de São Paulo. Em Mogi, o conjunto se apresenta apenas com 22 membros e dá vida a um repertório composto por 29 canções, dentre elas "Ora Viva, São Gonçalo", de Paulo Vanzolini; "Cavalo Branco", de Renato Teixeira; "Admirável Gado Novo", de Zé Ramalho, e "Amor de Violeiro", de Rolando Boldrin. As músicas serão tocadas em 18 violões de dez cordas e dois instrumentos de percussão.
De acordo com o fundador da Orquestra Paulista de Viola Caipira, o maestro Rui Torneze Araújo, o grupo aposta em um repertório diversificado para atrair a atenção de todos os tipos de público, que são ouvintes ou não da música caipira de raiz. "A nossa missão é que o público tome gosto pela viola caipira. Por isso, nas apresentações tocamos desde música erudita à world music, composta por tango, fado e música latino-americana. O repertório é montado para que as pessoas sejam seduzidas pelo som deste instrumento. Essa linha de pensamento tem dado certo e estamos conquistando cada vez mais o público", comenta.
Com ensaios semanais, que ocorrem em sua sede, o Instituto São Gonçalo de Estudos Caipiras, o grupo, conforme explica Araújo, acredita no poder transformador da música. "Mais que tocar e fazer música, centramos nossa atenção no ser humano e em sua valorização. Para o jovem, a viola caipira e a música caipira revelam e resgatam importantes valores, como a hombridade, a honestidade e a família. Já para os idosos, que chamamos de Velha Guarda, possibilita o resgate da cidadania. A prática musical ajuda a combater uma série de problemas e também oferece disciplina", acredita o maestro.
História
A Orquestra Paulista de Viola Caipira foi fundada em 1997 por Araújo, que, na época, lecionava na Universidade Livre de Música da Escola de Música do Estado de São Paulo Tom Jobim (Emesp Tom Jobim) e na Escola de Comunicação e Artes do Senac. "A fundação da orquestra começou despretensiosamente, porque, como todo curso de música, os alunos tinham uma disciplina chamada Prática de Conjunto. A partir dessa necessidade, comecei a me reunir com alguns alunos. Muitos convites foram surgindo e foi depois disso que surgiu a ideia de profissionalizar o grupo", finaliza.