A aquisição da pílula antiaids do dia seguinte está mais acessível desde a última quinta-feira. O medicamento já era disponibilizado deste os anos 90 no Sistema Único de Saúde (SUS), no entanto, para conseguir o remédio, era necessário o paciente passar por um médico especialista no tratamento de aids para prescrever o coquetel. Novo protocolo foi lançado pelo Ministério da Saúde e publicado anteontem no Diário Oficial.
Com a aprovação do novo protocolo, desde o último dia 23, a disponibilidade da pílula será ampliada e todas as pessoas que passarem por alguma situação de risco, como os profissionais da saúde que podem se sujeitar a algum acidente de trabalho, ou alguém que manteve relação sexual com um soropositivo sem o uso de preservativo.
"A grande vantagem desse protocolo é a simplificação e unificação da PEP (Profilaxia Pós-Exposição) em um esquema único de medicamentos. Com isso, não será preciso um especialista em aids para dispensar a PEP", esclareceu Fábio Mesquita, que é diretor do Departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde. "Isso não irá só ampliar o acesso à população de forma geral, mas também facilitar os procedimentos para os profissionais de saúde como um todo".
Segundo o Ministério da Saúde, a recomendação é que os medicamentos utilizados para o tratamento sejam ministrados até 72 horas após a exposição ao vírus. A pasta ainda ressaltou que o ideal é o uso da pílula seja feito nas primeiras duas horas após a relação.
O paciente ainda terá de se submeter a 28 dias consecutivos de uso dos quatro medicamentos antirretrovirais previsto no protocolo. As pílulas estão disponíveis nos Centros de Testagem de Aconselhamento (CTAs) e dos Serviços de Assistência Especializada (SAEs) da região.