O índice de desemprego na indústria da região apenas nos primeiros seis meses de 2015, se aproxima, de acordo com levantamento do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), do número registrado em todo o ano passado.
O Ciesp aponta que em 2014, a indústria de transformação fechou 1.950 postos de trabalho. E, apenas no primeiro semestre de 2015, 1.750 pessoas foram demitidas.  
De acordo com o diretor do Ciesp Alto Tietê, José Francisco Caseiro, as demissões cresceram 1% de janeiro a junho. Caseiro ressaltou que os índices são preocupantes.  "Infelizmente, o cenário está cada vez mais para tempestade do que para bonança", afirmou.
O diretor avaliou que a criação do Programa de Proteção ao Emprego (PPE), lançado pelo governo federal, vai beneficiar apenas de 2% a 3% das indústrias do Alto Tietê. A medida provisória assinada no começo do mês pela presidente Dilma Rousseff prevê que a jornada de trabalho dos funcionários poderá ser reduzida em até 30%, e o salário em no máximo 15%.
"São medidas inócuas. Se formos ver a regulamentação, perceberemos que poucas indústrias poderão participar", avaliou.
Segundo Caseiro, este plano ajudará especialmente as grandes empresas. "Esse programa é bem direcionado para grandes grupos e não para quem realmente precisa de ajuda. Não adianta diminuir a carga horária dos trabalhadores sendo que as indústrias estão com os estoques lotados. O governo tem que fazer um plano que melhore o consumo, diminua os juros e crie mecanismos que façam realmente a economia voltar a funcionar, pois ela está parando", acrescentou.
De acordo com o diretor, a iniciativa deverá encarecer o custo da produção e afetar o consumo. "O governo está querendo diminuir a carga horária, ou seja, diminuir a produção. Isso vai encarecer o custo e, automaticamente, o consumo vai cair lá na frente, pois o salário vai permanecer o mesmo ou até diminuir", destacou. 
PAM
Caseiro participou ontem da homenagem realizada aos integrantes do Plano de Auxílio Mutuo (PAM) do Alto Tietê, na manhã de ontem na sede do Serviço Social da Indústria (Sesi), de Brás Cubas.
De acordo com o coordenador do PAM, Márcio Manzini, o plano tem como objetivo prevenir casos de acidentes ou desastres. Atualmente, 17 empresas e 8 entidades participam da iniciativa.
Durante a homenagem, Manzini ressaltou o trabalho realizado em parceria com o 17° Grupamento do Corpo de Bombeiros de Mogi das Cruzes e com outros órgãos como a Defesa Civil.