O Clube Náutico Mogiano ganhou as manchetes recentemente com a aquisição de parte de sua área pela Prefeitura de Mogi das Cruzes, que deve implantar um novo parque. A ideia do parque, como destaca o historiador Glauco Ricciele, em entrevista especial publicada na edição digital de hoje, é um importante passo para a preservação da história do local e da própria cidade. 

A área é um patrimônio da cidade, e tem entre seus protagonistas o rio mais famoso do Estado de São Paulo: o Tietê, trazendo de volta recordações dos tempos em que era usado para o lazer, com pessoas nadando e competindo em diferentes esportes em suas águas que já foram limpas. 

Mogi é uma das cidades mais antigas da região, com mais de 460 anos e ainda preserva características, que combinam o charme interiorano ainda presente com o desenvolvimento acelerado dos últimos anos. O Clube Náutico é parte dessa história, e deve ser preservado enquanto memória mogiana. Cabe, por outro lado, aos seus administradores buscarem soluções para as dívidas pendentes. A garantia da diretoria é que será mantida a estrutura oferecida às famílias associadas e também as atividades da faculdade de Educação Física e Fisioterapia, academia, colégio, entre outros. 

É preciso manter os patrimônios da cidade para que a história seja relembrada por seus moradores, e possa ser compartilhada com as futuras gerações. A cidade é muito rica em pontos históricos, como o clube, especialmente na região central, com as Igrejas do Carmo, o Casarão do Carmo e o Theatro Vasques, prédios em plena atividade, que vêm recebendo melhorias, e são equipamentos fundamentais da cultura mogiana há muitos anos.

O patrimônio histórico e cultural da cidade se soma às suas áreas de preservação ambiental que também precisam do devido cuidado e atenção não apenas por parte do poder público, mas de toda a população que pode ajudar a manter as tradições, assim como colaborar para que o desenvolvimento da cidade ocorra de forma sustentável, mantendo a essência de Mogi, que conquista quem nasceu por aqui, como quem faz dela seu lar.