Em 2024, o estado de Santa Catarina ganhou destaque no noticiário por somar a 28ª prisão de prefeitos de diversos municípios, todos por corrupção. E todos esses políticos de partidos de direita. Outro caso emblemático é o estado do Rio. Quase todos os governadores do estado de 1982 para cá foram processados, vários foram presos, por práticas criminosas. Uma das raras exceções foi a Benedita da Silva, que assumiu o governo do estado quando o Garotinho foi afastado. Todos pertencentes ao campo da direita.
Creio ser importante que, toda vez que nos deparamos com essas notícias de corrupção, prestarmos atenção de quais partidos são essas pessoas. Com certeza, esse deveria ser um dos critérios para o nosso posicionamento em futuras eleições.
No Maranhão também tivemos 10 municípios objetos de investigação e afastamento de prefeitos, sendo que seis eram do PL, partido do Valdemar da Costa Neto e do Bolsonaro. No caso do Maranhão, e em se tratando de um país onde a educação carece tanto de investimentos, essas administrações fraudarem matrículas de alunos da EJA (Educação de Jovens e Adultos) para aumentar repasses recebidos do governo federal, é lamentável.
Mas isso não ocorre só no Maranhão. Em outros estados brasileiros isso acaba se repetindo. Seja na educação, na saúde, na assistência social, essas práticas se repetem.
Como resultado de uma ação do TCU (Tribunal de Contas da União), foi apontado um prejuízo potencial aos cofres da União de R$ 34,2 bilhões em 2023 com o pagamento do Bolsa Família a beneficiários irregulares. Essa auditoria operacional realizada por técnicos da Corte encontrou 4,7 milhões de famílias recebendo o benefício indevidamente. Cabe lembrar que a responsabilidade dos cadastros daqueles que vão ser beneficiados fica a cargo das prefeituras.
Com tanto envolvimento de políticos da extrema direita com criminosos, fica mais fácil entender a insistência do Derrite, deputado federal e Secretário de Segurança do Tarcísio, em retirar de cena a Polícia Federal das investigações contra o crime organizado.
No ano que vem teremos eleições. É absolutamente necessário que as pessoas votem com critério. A história dos candidatos e de seus partidos deve ser levada em consideração na hora da decisão.
Afonso Pola (acelsopp@gmail.com) é sociólogo e professor