Você pagaria uma cobrança falsa sem perceber? Isso tem acontecido com frequência, principalmente em golpes que usam marcas confiáveis como isca, e o Pix como armadilha. Criminosos têm enviado mensagens se passando por empresas como a Netflix, alegando pendência de pagamento. O link leva a uma página falsa, e o valor pago vai direto para contas controladas por golpistas.
Esse tipo de fraude, chamado phishing de marca, é mais comum do que parece. Explora a rotina do usuário para que a cobrança pareça legítima. Como a Netflix é um serviço recorrente, muita gente nem desconfia e realiza o pagamento.
Empresas também estão sendo afetadas por esses golpes. Em muitos casos, colaboradores acabam utilizando cartões corporativos para efetuar pagamentos falsos, acreditando que se trata de uma cobrança legítima de serviços usados no dia a dia. Em outros, realizam o pagamento com recursos próprios e depois solicitam reembolso, fazendo com que a fraude acabe gerando prejuízo direto para a organização. Além disso, o acesso a links maliciosos usando dispositivos ou contas misturadas entre o pessoal e o profissional expõe senhas e informações sensíveis da empresa.
Duas ações simples fazem diferença:
1. Treinamento recorrente de equipes com simulações e campanhas de conscientização, os colaboradores aprendem a identificar sinais de fraude e a importância de não misturar acessos pessoais com contas de trabalho, reduzindo riscos com e-mails e dispositivos compartilhados.
2. Uso de filtros inteligentes de e-mail e web que barram links maliciosos antes que cheguem ao usuário final. Empresas que mantêm ambientes digitais separados, como navegadores distintos ou perfis de usuário independentes ampliam significativamente sua proteção.
A confiança é a maior ferramenta dos criminosos e a informação é a melhor defesa. No mundo digital, atenção aos detalhes pode evitar grandes prejuízos.
Fábio Queiroz é CEO da SanviTI TSI, Especialista em Tecnologia e Segurança da Informação.