Ainda estamos longe de reconhecer toda a potencialidade e vitalidade das pessoas idosas. Quem tem 60 anos ou mais, ou mesmo aqueles um pouco mais novos que isso, têm muito a contribuir com a sociedade, compartilhando suas experiências e os conhecimentos adquiridos em tantas décadas. Conhecimentos nem sempre ligados ao ensino formal, a habilidades técnicas, mas de quem já enfrentou grandes desafios e seguiu sua trajetória com resiliência e agregando novos saberes. 

Na edição digital de hoje, destacamos os bons resultados conquistados pelas equipes das cidades de Suzano e Poá nos Jogos da Melhor Idade (JOMI). São dezenas de atletas que se destacaram e conquistaram medalhas em diferentes modalidades, com mais fôlego e habilidade que muitas pessoas mais jovens. 

É preciso reconhecer e valorizar os esportistas mais experientes, e não apenas nos esportes mas dando a eles a oportunidade de ocupar os mais diferentes espaços, fazendo parte e tendo voz para apresentar suas demandas e serem devidamente incluídos. 

A população idosa é que mais cresce, em breve deixaremos de ser um país de jovens, e envelhecer só não é o caminho para quem morre antes, e é preciso que a conquista de mais anos de vida, seja também de mais qualidade nas décadas que ganhamos. É preciso investimento e políticas públicas que alcancem esse público, com mais espaços de convivência, que tragam atividades diversas, mas também palestras e discussões que os incluam nos importantes debates da sociedade. 

A socialização é fundamental para o bem envelhecer, se sentir participativo e incluído no seu bairro, na sua cidade, que se for amigável para as pessoas idosas, certamente serão para todos os seus habitantes, independentemente da idade, o que inclui acessibilidade e o acesso aos serviços públicos de qualidade. 

Vale lembrar que no próximo domingo, dia 15 de junho, celebramos o Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa, e não levar em conta seus méritos e tentar diminuir seu potencial, também é uma forma de violência. Vamos incentivar o protagonismo e o que o lugar da pessoa idosa seja onde ela desejar.