O percentual de pessoas idosas na população brasileira é cada vez maior, e tende a crescer ainda mais nos próximos anos. É um público heterogêneo e diverso, com as mais diferentes demandas, e em comum está a necessidade de políticas públicas mais efetivas, que avancem além da assistência social e da saúde para a promoção da qualidade de vida, incluindo investimento na educação continuidade e no esporte e lazer, como vemos por meio dos Jogos da Melhor Idade, o JOMI. 

Não há como negar os avanços vividos no trabalho com as pessoas idosas, e é grande a expectativa para o trabalho realizado pela Secretaria Municipal de Longevidade, em Mogi das Cruzes, e por outras pastas que têm esse foco em outras cidades. Ainda mais agora, quando começam a ser realizadas as Conferências Municipais, voltadas para discutir os desafios e propor soluções para a melhoria da qualidade de vida das pessoas idosas. 

Em Mogi, o debate será nesta quinta-feira, e ao longo do mês já vem ocorrendo em outras cidades. Na edição digital de hoje, trazemos a fala sempre importante da vice-presidente do Conselho Municipal do Idoso de Mogi, Juraci Almeida, bastante atuante na defesa de direitos, já tendo inclusive feito parte do Conselho Estadual. Ela se tornou uma referência no tema, com destaque também para seu trabalho à frente da Universidade Aberta à Integração, com diferentes atividades para o público mais experiente. 

A participação social é fundamental para as pessoas idosas, principalmente em eventos como esse, em que é necessário se posicionar, trazendo ao debate as demandas vividas no dia a dia. Os idosos devem ocupar seu lugar de fala, expor suas especificidades, suas vivencias, para que as propostas que posteriormente serão levadas a etapa estadual, tenham resultados efetivos. 

Uma referência em envelhecimento e longevidade, Alexandre Kalache, sempre afirma: “nada para nós, sem nós”. A construção de políticas públicas e projetos deve ter como base no diálogo, ouvindo as demandas da população. Que assim seja na Conferência, com uma grande participação para alcançarmos melhorias que impactaram não apenas os idosos de hoje, mas também do futuro.