Quando alguém diz ser cristão ela se define que aceitou a Cristo, pela ação do Espírito, como seu Salvador. É uma decisão individual. Jesus afirmou para Nicodemos, um membro do Sinédrio, a suprema corte judia legislativa, judicial e religiosa de Jerusalém: "Importa-vos nascer de novo". Ele indagou: "Porventura, pode alguém voltar ao ventre materno e nascer segunda vez?". Jesus o esclareceu: "Quem não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne, é carne; e o que é nascido do Espírito, é espírito".
O nascimento de uma criança é uma festa, depois disto todos esperam que ela tome decisões individuais de alimentar-se com leite, mais tarde alimentos sólidos, aprender a dar os primeiros passos, cuidar da própria higiene, frequentar a escola e, assim, segue o seu caminhar pela vida afora. No nascer do Espírito de uma pessoa haverá, também, júbilo no céu porque ela alcançou individualmente a salvação, e de agora em diante Deus espera dela o início da vida cristã, como testemunha da verdade, em seus relacionamentos coletivos em sociedade.
Paulo, escrevendo aos crentes da província da Galácia, ensina que não devemos apenas confessar que vivemos no Espírito, mas, pela dinâmica da fé, que andemos também no Espírito a fim de proclamar o Evangelho. Quando nossos primeiros pais caíram toda geração posterior herdou o pecado original. Adão e Eva eram perfeitos no corpo, na mente e no espírito antes da Queda, imortais, saudáveis e toda geração provinda deles, também, seria perfeita.
Após a Queda, perdemos a imortalidade, a perfeição física e mental e a amizade com Deus. Essa inimizade da criatura com o Criador perturbou a harmonia mental do homem causando a quase totalidade das moléstias psicossomáticas referidas na Classificação Internacional das Doenças (CID). Deus, no entanto, nos dá a cura substancial através de Jesus Cristo, e pela fé justifica a nossa culpa verdadeira na cruz e nos dá a paz por nos reconciliar novamente com o Pai.
Mauro Jordão é médico.