Tempos modernos ou difíceis? A todo instante há linchamentos, violência de toda ordem como espancamentos, estupros, torturas físicas e psicológicas, sem falar em roubos, assaltos e assassinatos.  A quantidade de pessoas com depressão, síndrome do pânico, medo e traumas cresceu assustadoramente na última década.  Há pessoas que já não desejam mais sair de casa, nem durante o dia ou a noite. 

A cólera tomou conta de grande número de pessoas que estão perambulando pelas ruas. Há também determinados governantes com muito ódio. Os padrões da criminalidade se alteraram e o medo tomou conta das pessoas. Hoje não há quem não tenha preocupações, medo e desanimo, pois, a qualquer momento poderá ser assaltado, se tornar refém ou levar um tiro por bala perdida.  O que fazer? Onde está a segurança? Ora, se os próprios policiais são perseguidos e assassinados, o que dirá dos pobres cidadãos desarmados? 

A violência está por todos os cantos: no trânsito, nas ruas,  nos presídios e nas escolas. De quem é a culpa? De todos os segmentos sociais, do Estado, da Polícia, Justiça e das famílias. O mais difícil está suportar a cólera dos bandidos e torturadores que, sem piedade, atiram e põe fim a vida de seres inocentes. O ódio, vingança e as frustrações de muitas pessoas as levam a cometer barbaridades. Já nãos e sabe mais o que fazer! Recolher dezenas de tributos para os Municípios, Estado e União Federal e não ter o devido retorno para segurança, hospitais públicos, escola de alto nível e um alto padrão de vida. 

Adianta continuar recolhendo corretamente todos os tributos e não ver perspectivas? Mudar de país é a solução? Calar a boca e cruzar os braços? Os cidadãos corretos devem arregaçar as mangas e proceder a todo tipo de reivindicações: protestos (não badernas), abaixo assinados, reuniões com os políticos e administradores mais corretos, denunciar os malandros e promover passeatas com dignidade. É o que resta aos segmentos e pessoas “de bem”. 

A cólera não pode ser o aditivo para resolver os problemas de uma nação que tem tudo para se transformar no melhor país do mundo, devido as suas riquezas naturais e um vasto território de causar inveja aos outros povos. O mais assustador são os linchamentos que vem ocorrendo pelo Brasil afora. É a barbárie que está tomando conta de muitas cidades e regiões, principalmente nas áreas metropolitanas. Fazer justiça com as próprias mãos é a solução? Ora, se o Estado, através de suas atitudes medíocres, além de não valorizar a Justiça, Polícia e os Professores não apresenta “saídas”, o que fazer?  Esperar o pior que pode chegar?

 

Olavo Arruda Câmara é advogado, professor, Mestre e Doutor em Direito e Política.