Depois de uma breve novela no ano passado, o convênio da Prefeitura de Mogi das Cruzes com a Santa Casa de Misericórdia da cidade para a manutenção do serviço de Pronto Socorro foi renovado e terminaria em maio, segundo o que foi acordado no mês de novembro. Porém, segundo o prefeito Caio Cunha, em coletiva de Imprensa nesta terça-feira (30/04), o convênio foi renovado por mais seis meses.
No ano passado, diferentes alternativas foram apresentadas e a Santa Casa alegou problemas financeiros e estruturais para manter o serviço. A novela teve até a intervenção do secretário de Estado da Saúde, Eleuses Paiva, com o plano de regionalização estadual do setor, que ainda está caminhando.
Entre as sugestões para o dilema, que ganha uma sobrevida e deve estar presente nos debates eleitorais do pleito que logo se aproxima, a sempre solicitada reabertura do Pronto Socorro do Hospital Luzia de Pinho Melo. Uma medida que já foi negada pelo Estado na mesma proporção de vezes em que foi pedida, seja qual tenha sido o interlocutor.
Também há quem defenda a utilização da estrutura da Maternidade de Mogi, já construída, mas ainda sem uso definido pela atual gestão. O local poderia abrigar tanto a maternidade da Santa Casa, como o serviço de Pronto Socorro Municipal, embora esteja em Braz Cubas, distante da área central. São medidas possíveis que dependem do plano de regionalização do governo estadual.
Dificultando ainda mais o fim da novela e que uma solução definitiva seja encontrada, está a Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde, o CROSS. Os municípios da região também pleiteiam sua regionalização por meio do Condemat+, o que certamente permitiria que o fluxo de pacientes que ficam dias aguardando uma vaga fosse resolvido com mais eficiência e agilidade, e na medida do possível, que o atendimento médico seja mais próximo de onde reside o paciente.
A saúde como sempre reserva muitos desafios, e depende de soluções definitivas para que todos possam ser atendidos com a qualidade que merecem.