Vem aí um novo capítulo na triste novela do atendimento precário oferecido pela Santa Casa de Mogi das Cruzes nos últimos anos, que no mês passado resultou na morte de um bebê. Nas idas e vindas para manutenção do convênio do Pronto Socorro entre o hospital filantrópico e a prefeitura no ano passado, por mais de uma vez foram expostos os desafios enfrentados para manter a estrutura funcionando e para a oferta de um atendimento minimamente digno aos pacientes. 

É preciso buscar soluções conjuntas e urgentes para que a população não continue sendo a grande vítima dos problemas com o atendimento oferecido no local, e em também com a sobrecarga das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da cidade, ainda mais agora com o aumento dos casos de dengue. Infelizmente não são raros os casos em que o tempo de espera por atendimento excede o recomendado. 

O governo do Estado vem acenando com a regionalização, que ainda não saiu do papel, e poderia incluir a utilização da estrutura pronta da Maternidade de Mogi das Cruzes, no distrito de Braz Cubas, pela Santa Casa. A Saúde, de forma geral, nos mais diferentes aspectos e no atendimento aos mais diversos públicos, precisa de uma boa gestão de recursos e medidas de urgentes e emergenciais como é a rotina dos serviços de Pronto Atendimentos. 

Além de avançarmos nas urgências e emergências da Maternidade ao Pronto Socorro, que também acaba sendo referência para outras cidades da região, precisamos também de investimentos na Atenção Básica, no acompanhamento ambulatorial que começa na infância e deve ser mantido por toda a vida, como forma de promoção de saúde e não apenas com caráter preventivo. 


Há muito a ser feito para que a saúde seja oferecida de forma digna a toda a população, e toda ajuda é bem-vinda, mas precisamos avançar os debates, ampliar as ações e direcionar cada vez melhor os recursos para socorrer as unidades de saúde e seus pacientes.