Como a proximidade do final de ano, as prefeituras e Câmaras correm para debater e votar projetos importantes para desenvolvimento e a saúde financeira dos municípios. Leis de Diretrizes Orçamentários (LDOs), Leis Orçamentárias Anuais (LOAs) e Leis de Uso e Ocupação do Solo são algumas das propostas que precisam ser deliberadas antes do recesso.
Na Câmara de Mogi, as audiências públicas para discussão dos assuntos ainda estão sendo realizadas. Nas sessões, poucos projetos estão sendo votados e a expectativa é que os assuntos mais importantes se acumulem para dezembro, inclusive com chance de acontecerem sessões extraordinárias.
Situação semelhante acontece em Suzano, onde a audiência para debater a LOA aconteceu no final de outubro. Nas demais Câmaras a situação não deve ser diferente. A pergunta que fica é por que esses projetos importantes ficam sempre para última hora? Por que muitas prefeituras também aproveitam as últimas sessões para encaminhar proposituras polêmicas para votação?
No caso da segunda pergunta, a resposta é simples. Não interessa para as administrações o debate de alguns assuntos não tão positivos e sua repercussão nas redes sociais e na Imprensa. A ideia é votar no “apagar das luzes” e com o menor “barulho” possível.
A eleição dos novos presidentes das Câmaras para 2024 é mais um ingrediente para embolar esse final dos trabalhos legislativos. Muita articulação, promessas e interesses prometem tornar esse momento ainda mais tenso e atribulado.
Dentro desse cenário de caos, a chegada de 2024 desperta mais um ”gatilho” político: as eleições municipais. Se nesse final de ano, pré-candidatos já se mostram em plena campanha, a partir de janeiro a tendência é que esse movimento só aumente até que se inicie o período eleitoral de fato.
Se 2023 passou muito rápido e ainda promete fortes emoções até o recesso das Câmaras, se prepare para 2024 com momentos ainda mais turbulentos.
O que se espera é que vereadores e prefeitos tenham responsabilidade com suas ações e pensem não apenas em seu futuro político, mas no crescimento de suas cidades.