O grau de violência que atinge as mulheres piorou nos últimos anos e, garantir cidadania plena à população feminina, não é uma tarefa fácil. A violência contra a mulher cresce e já atingiu 18 milhões de brasileiras, de acordo com uma pesquisa feita neste ano pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e Datafolha.

Por isso é de extrema importância criar ações de conscientização no combate à violência. Neste mês, temos o Agosto Lilás, que é uma campanha de enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher, instituída por meio da Lei Estadual nº 4.969/2016. O objetivo é intensificar a divulgação da Lei Maria da Penha, sensibilizar e conscientizar a sociedade sobre o necessário fim da violência contra a mulher, divulganado os serviços especializados da rede de atendimento à mulher em situação de violência e os mecanismos de denúncia existentes.

Um levantamento feito pelo Mogi News/ Dat aponta que os municípios da região estão investindo na Patrulha Maria da Penha, por ser um diferencial em atendimento mais humanizado. O grupamento de agentes da Guarda Civil Municipal (GCM) consegue fazer o acompanhamento da vítima, e muito mais que isso, cria uma relação de confiança com essa mulher, especialmente em referência ao cumprimento de medidas protetivas. 

Ainda de acordo com a nossa apuração, no primeiro semestre deste ano, as Patrulhas do Alto Tietê atenderam mais de 300 ocorrências relacionados a esse tipo de crime. Um número elevado de casos que acende um alerta das prefeituras para criarem ações que incentivem essa mulher a sair do ciclo.

O trabalho feito pela Patrulha Maria da Penha é essencial para as vítimas que não sabem como lidar com a situação e com o agressor. O ciclo de violência abre espaço para o feminicídio que também está ocorrendo em disparada em todo o país. As mulheres que sofrem com esse tipo de crime precisam entender que denunciar não é uma opção, embora essa vítima tenha uma dependência econômica desse agressor, existem mecanismos para ajudá-la nesse processo.  

A vítima de violência precisa de ajuda e, em muitos casos, não é sobre os traumas que ela carrega. Por isso é importante, para o conhecimento de todas, que existe preferência para a contratação de mulheres que possuem medida protetiva, dessa forma ela se sentirá fortalecida para a sair desse ciclo de violência.