Difícil imaginar em um passado não muito distante que passaríamos por um período em que a vacinação seria questionada ou até mesmo ignorada por uma significativa parcela da população. A mais nova prorrogação da campanha de imunização contra a gripe, agora com prazo até 31 de agosto, é reflexo desse período. Nem mesmo a volta do personagem Zé Gotinha e a criação de embaixadores para divulgação da campanha tem ajudada a melhorar os números.
A procura é baixa nos grupos prioritários e a adesão não é diferente, quando a vacina é oferecida a todos os públicos. Na região, apenas Guararema conseguiu cumprir a meta e superar o recomendado pela Secretaria de Estado da Saúde. Nas demais cidades, nem metade das pessoas que poderiam se vacinar procuraram as unidades de saúde.
Há queixas de reações a aplicação da vacina, mas o governo e o Ministério da Saúde garantem sua eficácia, que nunca foi tão questionada. O mesmo ocorreu com os imunizantes contra a Covid-19, produzidos a toque de caixa, também foram alvo de desconfiança, mesmo sendo fundamentais para que voltássemos às atividades, sejam profissionais, pessoais ou estudantis.
Há uma descrença na ciência que sempre esteve aí, com instituições reconhecidas até mesmo internacionalmente como o Instituto Butantan. Essa desconfiança precisa ter fim para fortalecermos a saúde de todos. Uma atitude individual em casos de saúde afeta o coletivo como um todo, é preciso pensar no bem-estar geral.
As campanhas estão aí, investindo na busca-ativa, alcançando pontos distantes das cidades, mas ainda sem que os números melhorem. Cabe a cada um aderir a medidas preventivas, não podemos esperar pelo pior, se há prevenção da gripe e de outras doenças, está ao nosso alcance.