O escritor russo, Leon Tolstoi (1825-1910), autor de Guerra e Paz e Anna Karenina, assim se expressou: "Os homens distinguem-se entre si também neste caso: alguns primeiro pensam, depois falam e, em seguida, agem, outros, ao contrário, primeiro falam, depois agem e, por fim, pensam". Tarde demais!  Senão damos tempo para discernir antes de agir, pouco se pode fazer para corrigir. 


Quando a verdade é negada, permanece a terapia. Essa é a 4a. característica do nosso mundo pós-moderno após a publicação das três anteriores: a desconstrução da verdade, a morte da metanarrativa e a  morte do texto, e agora temos: o domínio da terapia: A questão crucial muda de "O que é verdadeiro?" para "O que me faz sentir bem?" Essa tendência cultural do prazer, desenvolvida por décadas, nos alcançou em proporções épicas. R. Albert Mohler Jr, professor de teologia e presidente do Southern Baptist Theological Seminary (Estados Unidos), em seu livro Deus Não Está Em Silêncio, nos convoca para  um estudo sério que nos leve a refletir sobre as consequências atuais e futuras de um mundo pós-moderno que crê que todas as questões de relacionamento social serão resolvidas colocando o ego do ser humano no centro da sua órbita mental. 


Afinal de contas o que é autoestima senão o ego exaltado pregado no púlpito das igrejas, nas salas de aula das escolas e nos livros de autoajuda – é o segredo da felicidade! Ney Matogrosso canta: "Não existe pecado do lado de baixo do Equador...", e nem no lado de cima também, porque o pecado já foi excluído pelos teólogos pós-modernos nas suas mensagens de um evangelho sem culpa, estranho, recheado de autoestima; para eles você procura o templo para ter momentos de prazer e de bênçãos e não para ouvir sermões desagradáveis sobre o inferno. Templos cheios de pessoas vazias da Palavra de Deus em busca de cura e prosperidade que voltam para suas casas sem nada ter aprendido sobre a doutrina da salvação em Cristo. Evangelho sem Cristo é utopia e não vem de Deus.


Mauro Jordão é médico.