Uma parcela significativa da população do Alto Tietê está no Cadastro Único (CadÚnico), do Governo Federal, que dá acesso aos programas sociais, como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que contempla pessoas idosas e pessoas com deficiência. Apenas em Itaquaquecetuba, como destacamos na edição de hoje, em torno de 60 mil famílias estão cadastradas. Um número grande de pessoas em situação de vulnerabilidade, que dependem dos programas sociais.
Os números também são impactantes em outras cidades, e chama a atenção para a grande demanda junto à Assistência Social. Em Mogi das Cruzes, o prefeito Caio Cunha citou, por mais de uma vez, o aumento do investimento na pasta para atender a população em vulnerabilidade, e sua alta no período da pandemia de Covid-19.
Com tantas empresas fechando, e a perda de familiares que eram o arrimo financeiro de inúmeras famílias, a opção para manter a sobrevivência está nos programas sociais. Claro que também precisamos qualificar essa parcela da população, e há inúmeros programas nesse sentido.
Na região, são muitos os cursos oferecidos pelo poder público, por meio de iniciativas como a Casa de Cursos, da Prefeitura de Itaquaquecetuba; o Capacita+Guararema; o Serviço de Ação Social e Projetos Especiais (Saspe), em Suzano, e os cursos oferecidos pelo Crescer e pelo Fundo Social, em Mogi das Cruzes. Uma vez capacitados é grande a chance dessas pessoas se recolocarem no mercado ou até mesmo abrirem seu próprio negócio, que nem sempre requerem uma grande quantia em dinheiro.
Nestes casos o empreender por necessidade e oportunidade podem caminhar juntos, mostrando que aquele bico, aquele serviço que é oferecido na vizinhança, também é uma oportunidade para ir além da sobrevivência, e ir além das perspectivas. É importante abrir os olhos para o sonho, mas um sonho baseado em realidades possíveis, com acesso ao conhecimento, estimulando e fomentando novas oportunidades de aprendizado no mundo de negócios e para a vida.