Abrir caminho para que jovens ingressem no mercado por si só já é um desafio, mesmo com variados programas de estágio e de Jovem Aprendiz, imagine então para alguém egresso da Fundação Casa? São adolescentes que foram apreendidos pelo envolvimento com algum tipo de crime e que também precisam de uma oportunidade. Esse foi o assunto debatido em um seminário promovido pelo Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat) nesta quinta-feira.
Um tema importante que precisa ser abraçado pelos gestores públicos, pela sociedade e pela iniciativa privada, como ocorreu na manhã de ontem no auditório da Ordem dos Advogados (OAB), em Mogi das Cruzes. Precisamos investir na qualificação e criar mais oportunidades para estes jovens, como para tantos outros que vivem em situação de vulnerabilidade, e enfrentam no dia a dia dificuldades de acesso a serviços básicos de qualidade.
Como se viu na pandemia é grande o desafio para a universalizar, o que é cada vez mais imprescindível, o acesso à internet e à tecnologia de forma geral. O aprendizado de muitos estudantes, como também de crianças com menos recursos, foi comprometido pela falta de equipamentos adequados e a precariedade do sinal.
Situações de um passado não muito distante que nos mostra o quanto é longa a caminhada para reduzir as desigualdades nas cidades, no Estado e no país de forma geral. Ainda há uma significativa parcela da população minimamente sobrevivendo, e isto é desolador.
Partindo da máxima que os recursos públicos precisam ser melhor direcionados, é preciso encontrar caminhos para que as políticas públicas sejam efetivas, gerando renda e, principalmente oportunidades para todas as parcelas da população. Para que o caminho da criminalidade, não possa surgir como uma alternativa viável para jovens sem esperança e perspectiva de um futuro melhor. É preciso unir forças por uma trajetória vencedora para crianças e jovens.