Preservar prédios históricos que representam uma parte importante da história de uma cidade, Estado ou país deveria ser prioridade para as administrações públicas. Uma sociedade que conhece seu passado e suas origens sem dúvida nutre mais sentimento e cuidado com o local onde vive, além de mais conhecimento e cultura.
Prestes a completar 463 anos, Mogi das Cruzes conta com dezenas de imóveis e espaços antigos que precisam ser preservados e tombados para que sua cultura se perpetue e não morra com os passar das décadas.
Um dos principais pontos que contam a história de Mogi é o complexo onde está localizado o Hospital Dr. Arnaldo Pezzuti, no distrito de Jundiapeba, que no passado abrigou um sanatório para pacientes com hanseníase.
Além da unidade de saúde, no espaço também existe um cemitério abandonado, um teatro, uma igreja, algumas moradias, entre outras construções, todas seguindo um projeto arquitetônico inglês. Trata-se de uma pequena cidade que recebia os pacientes com “lepra” como se dizia na época, que precisavam ficar isolados de suas famílias e do mundo.
O hospital segue em funcionamento, ainda que para outro tipo de atendimento, e o complexo está de pé, mas sem o devido cuidado que deveria para sua preservação, que é de responsabilidade do Governo do Estado.
Nesta semana, os vereadores de Mogi das Cruzes aprovaram a criação de uma Comissão Especial de Vereadores (CEV) para tratar sobre a conservação do Hospital Dr. Arnaldo Pezzuti, bem como dos demais prédios. A proposta foi apresentada pelo vereador Iduigues Martins (PT). Segundo ele, existe uma série de problemas na área do hospital que precisam ser resolvidos e para isso será preciso uma força tarefa política.
O parlamentar está certo em cobrar o Poder Público, o que inclui o governo estadual, responsável direto pela área, e também a Prefeitura, que precisa defender o patrimônio do município. A área faz parte da história de Mogi e do Estado, e precisa ser preservada e melhor aproveitada para que futuras gerações também possam conhecer e usufruir.
