Sempre é a população a parte que mais é penalizada pelos aumentos e novas cobranças que vão surgindo. Destaque na edição de hoje para mais uma alta dos combustíveis, anunciada pela Petrobras na última terça-feira. O aumento chega primeiro nas distribuidoras e impacta diretamente os postos e consumidores. O movimento cai nos estabelecimentos com preços mais caros e a vida fica mais complicada para motoristas profissionais e também para quem utiliza cotidianamente o seu veículo.  

A alta de preços, já sentida em tantos produtos, e com mais frequência por quem depende dos combustíveis, atende questões econômicas, são reflexos do que ocorre em outros locais do globo, e que não tardam a chegar ao bolso do consumidor final. E não sofre só o cliente, como ressaltamos, mas também o empresário que precisa encontrar alternativas, se reinventar constantemente, para manter a clientela. É um desafio contínuo manter um negócio aberto, e para todos, equilibrar as contas. 

Além dos aumentos, vivemos a ameaça de uma nova cobrança em Mogi das Cruzes. O fantasma do pedágio na rodovia Mogi-Dutra ganhou força nas últimas semanas, depois de uma afirmação do governador Tarcísio de Freitas em visita a região, e logo a marcação da audiência pública, e a nova proposta de concessão que já se encontra disponível para consulta. A cobrança também está prevista para as cidades de Arujá e Bertioga. 

Mais um custo para moradores de Mogi e região, que vai dificultar o deslocamento, como também afetará produtores rurais e empreendedores dos mais diversos segmentos. Todos serão prejudicados de alguma forma pela cobrança. Com cabine ou sem cabine, o pedágio parece inevitável, mas seguimos apoiando a luta contra a medida. E nesta sexta-feira está confirmada a audiência pública, em São Paulo, em um espaço reduzido para atender a demanda de mais de dez cidades envolvidas no projeto de concessão. É preciso que haja realmente espaço de fala para que não apenas Mogi, mas todos se manifestem. Não podemos só aceitar o quem dos governos, é preciso questionar e brigar pelo que achamos justo.