Deus deu por herança a Abraão e sua posteridade, o povo escolhido, a terra de Canaã. Esta região, hoje, é o atual Estado de Israel. Golda Meir, ex-ministra de Israel, disse certa vez: "Se Moisés tivesse virado para a direita, em vez de para a esquerda, quando liderou seu povo para fora do deserto do Sinai, os judeus teriam o petróleo e os árabes teriam ficado com as laranjas". Esta explicação bem humorada de Golda tem sua razão quando usa para comparação uma das riquezas do seu país que é um grande produtor e exportador de laranja, sem contar sua rica e variada produção de hortaliças, flores e frutas.

Se houve inveja por parte da ministra das grandes reservas de petróleo dos seus vizinhos árabes, hoje se estivesse viva se alegraria em saber que Israel está assentado sobre pelo menos 250 bilhões de barris de óleo. O petróleo não é líquido, mas sólido, formado por uma rocha chamada xisto. À sudoeste de Jerusalém está a bacia Shfela, que abriga o segundo maior depósito de xisto betuminoso do mundo. Israel não tem, ainda, os meios para extrair da rocha o desejado "ouro negro" por causa dos gastos e dos potenciais danos ao meio ambiente. Howard Jonas, um sionista ardente, fundador da IDT Corporation, uma companhia de telecomunicação, disse crer que sob o solo de Israel existe mais petróleo do que debaixo da Arábia Saudita.

Sua empresa Energy Initiatives(IEI) que está associada com grandes investidores e homens do petróleo, como Rupert Murdoch, Jacob Rothschild, Eugene Renna e Harol Vinegar, pioneiro da extração de óleo da rocha com 240 patentes. Israel futuramente pode se tornar um grande produtor de petróleo. Além da recente descoberta de gás natural, Israel pode, ainda, suprir o mundo com a reserva de fertilizante contido no leito do Mar Morto. Mal sabia Golda que Moisés, pela direção de Deus, tomou a direção correta para se apossar da "terra que mana leite e mel". Se nos pequenos frascos estão os grandes perfumes, assim também com Israel, pequeno, mas muito rico.


Mauro Jordão é médico.