Depois de muitos desafios, como o atraso no início das atividades em decorrência da pandemia de Covid-19, as verbas limitadas para a contratação de recenseadores e a dificuldade destes profissionais em finalizar o trabalho, indo e voltando para diversos domicílios para encontrar parte da população, nesta quarta-feira (28), finalmente foram divulgados os primeiros dados do Censo 2022, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Conforme destacamos na edição de hoje, a população da região continua crescendo, puxada por cidades como Suzano, onde o crescimento foi mais significativo, além de Mogi das Cruzes, que se mantém como a mais populosa do Alto Tietê, bastante próxima dos 500 mil habitantes. Chama a atenção, cidades que apresentaram redução no número de habitantes, como foi o caso de Poá.
O Censo 2022 cumpre um papel importante, trazendo dados sobre a população do país, destacando cada localidade, o que certamente ajudará a entender melhor as demandas específicas. Como costuma se dizer, sem dados não há como termos políticas públicas efetivas, que alcancem a população nos territórios onde estão, para que sejam atendidas naquilo que realmente precisem.
Da mesma forma que dados são primordiais, também são os recursos para que as políticas se concretizem e não fiquem apenas no papel. É importante pensar que o Censo impacta o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que contempla os recursos recebidos pelas cidades da União provenientes de determinados impostos. O valor é distribuído de acordo com o número de habitantes. Por isso, menos pessoas nas cidades, pode significar menos recursos.
São muitos os aspectos a serem avaliados diante de uma população que tende a aumentar ainda mais nos próximos anos, mesmo com a redução em algumas cidades. Atenção especial ao envelhecimento que demandará mais cuidados do que temos disponíveis hoje, especialmente de longa duração.
Os dados do Censo 2022 devem ser observados com atenção para pensarmos nos próximos passos para um futuro melhor para todos.