Fundamental como a gestão no dia a dia das cidades, fazendo as pequenas melhorias necessárias para um cotidiano mais tranquilo, como é o reparo nos buracos das vias e a manutenção do asfalto, o pleno funcionamento de escolas, com qualidade de ensino e segurança, assim como nas unidades básicas de saúde para atender prontamente ao cidadão, é pensar o futuro das cidades, o que também inclui pensar sobre o que queremos para o Estado e para o país. 

Mogi das Cruzes deu esse passo a frente, rumo a um futuro planejado com o lançamento no ano passado do projeto Mogi 500 Anos, que começa a ganhar forma com o início de um diagnóstico da cidade. Afinal, sem dados, sem a observação estratégica, não há como ter projetos e políticas públicas que impactem de forma eficiente e contribuam para a almejada melhoria da qualidade de vida.

A proposta é extremamente interessante e pretende unir os diferentes atores sociais e o poder público para pensar a cidade mais de 30 anos à frente. Um futuro que perpassa por outro projeto paralelo e tem feito de Mogi a Cidade da Primeira Infância. Projeto que já mostra sinais que é possível mudar a cidade, fomentar a inclusão, a partir do que olhar de uma criança, da abertura de espaços para que se participem e se expressem. 

Como, por vezes destacamos aqui, uma cidade que se propõe amiga da criança, com equipamentos sob a perspectiva dos pequenos, com seu desenvolvimento pensado a partir do diálogo com diferentes atores, será amiga de todas as idades, dos mais jovens aos mais experientes.

O presente e o futuro das nossas crianças é um futuro compartilhado por todos, com uma cidade que possa ser ocupada da forma mais igualitária possível.

É possível pensarmos em novos tempos, com redução das desigualdades, com mais oportunidades e menos preconceito, nas suas mais diversas facetas. O trabalho é coletivo, e depende de ações planejadas e dialogadas com os diferentes grupos que compõem nossa sociedade. É importante que todos sejam chamados para conversar e pensar nesse futuro tão próximo.