A festa religiosa e cultural mais tradicional de Mogi das Cruzes voltou com força total neste ano. A tradicional Festa do Divino completa 410 anos, não sendo realizada apenas no período da Primeira Grande Guerra, nos anos 1940, e nos últimos três anos, em decorrência do isolamento imposto pela pandemia de Covid-19. A informação foi dada ontem pelo festeiro Josmar Cassola, que com a esposa Maria Tereza, foram entrevistados para uma edição especial do Café com Mogi News, que deve ser publicada na próxima sexta-feira (26).
A retomada das festividades mostra a fé e devoção de milhares de mogianos e de quem vem de cidades vizinhas, ou ainda de mais longe, para conhecer e participar desse momento singular no calendário da cidade.
A mobilização em torno do evento impressiona com o alto número de voluntários, que por amor ao Divino, abandonam suas atividades do dia a dia, ou aproveitam o tempo de folga para dedicar-se a trabalhar pelo próximo nos eventos da programação religiosa e cultural. Pessoas de todas as idades estão presentes, famílias inteiras participando, como os próprios festeiros e os capitães-de-mastro.
A quermesse é um dos destaques da festa, mas além dos muitos sabores e atrações que reserva aos visitantes até o próximo domingo (28), permite também colaborar com entidades sociais da cidade. Instituições, que atuam em benefício dos mais diversos grupos de pessoas em situação de vulnerabilidade, para quem o recurso obtido nos dias da Festa do Divino é fundamental para manter as atividades.
No próximo sábado (27), também retorna a Entrada dos Palmitos, um resgate da história de Mogi, de sua vocação rural com carros de bois e cavaleiros vindos também de outras cidades, e a representação do folclore e da diversidade de manifestações culturais de Mogi das Cruzes com as congadas e marujadas.
Assim é a Festa do Divino que abraça a todos, e faz da população mogiana, mesmo com diferentes crenças, pelo menos um pouco divineira, especialmente neste período das festividades.