Depois de um primeiro mês com um baixo volume de vagas criadas nas cidades da região, os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quarta-feira pelo governo federal, mostram um aumento importante do saldo de vagas entre janeiro e fevereiro. É preciso levar em conta que todo início de ano geralmente é um período de marasmo, sem grandes datas que movimentem a economia, mas sim com mais despesas como impostos - IPTU e IPVA - e material escolar.

Por isso, a perspectiva é otimista, apesar dos números ainda bem distantes de suprir a demanda do elevado número de desempregados. O resultado do Caged mostra uma tendência de alta importante, que torcemos para que se mantenha. Entres os setores produtivos, apenas a Agricultura encerrou o período com saldo negativo de vagas, ou seja, mais demissões que admissões. Diferente do registrado pelos setores de Serviços, que contribuíram para o bom resultado, seguido pela Indústria e o Comércio das cidades da região.

E mesmo com os números positivos, a economia ainda patina, marcada pelos altos juros, e o aumento do preço de produtos e serviços. Especialmente quando o assunto é alimentação, a alta é mais sentida pela população em seu cotidiano. Neste setor sempre temos o vilão da vez, como já foi o tomate e a cebola, e a carne bovina que deixou de fazer parte há algum tempo do dia a dia de parte dos brasileiros.

Ainda são muitos os desafios a vencer para a retomada da economia, abalada antes mesmo dos tempos difíceis da pandemia de Covid-19, com o fechamento de empresas e aumento do número de desempregados, levando muitas pessoas a trabalhos informais.

O desafio está na mão dos governantes, em criar condições que incentivem empresários a investirem, não apenas por meio da redução de impostos, que é a medida comumente adotada nas mais diferentes esferas de governo, mas com o desenvolvimento de ações para o aperfeiçoamento da mão da obra e para o crescimento dos setores de pesquisa e inovação para termos enfim uma retomada sustentável.