A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), na verdade, constitui um grupo de doenças respiratórias intimamente relacionadas ao tabagismo. A DPOC é um espectro de doenças que inclui a bronquite crônica (estreitamento das vias aéreas e paralisação da atividade dos cílios) e o enfisema (danos irreversíveis nos alvéolos).
O cigarro é responsável pela imensa maioria dos casos. A constante exposição a elementos irritantes, como poeira, poluentes do ar e vapores químicos, também pode contribuir para o aparecimento da doença.
A DPOC é uma doença insidiosa de instalação lenta. Geralmente, o primeiro sintoma é uma discreta falta de ar (dispneia), associada a esforços como subir escadas, andar depressa ou praticar atividades esportivas. Com o passar do tempo, a falta de ar vai se tornando mais intensa e é provocada por esforços cada vez menores.
Nas fases mais avançadas, a falta de ar se manifesta mesmo com o doente em repouso e agrava-se muito diante das atividades mais corriqueiras. Tosse produtiva e encurtamento da respiração são sintomas que também podem estar presentes nos quadros de doenças pulmonares obstrutivas.
Diversos estudos demonstraram que, nos casos mais graves, o único tratamento capaz de aumentar a sobrevida dos portadores da doença é a oxigenioterapia, auxiliada com técnicas de fisioterapia cardiorrespiratória isso faz aumentar a resistência aos esforços, complacência pulmonar, permitindo o paciente uma melhora funcional e, consequentemente, mais a qualidade de vida.
Dr. Luiz Felipe Da Guarda é fisioterapeuta e presidente do Conselho de Assuntos da Pessoa com Deficiência (CMAPD).